ERA DIA EM QUE A NATUREZA RENASCIA.
HOJE É DIA DE REFLEXÃO.
F E L I Z N A T A L
QUANDO AS LETRAS SÃO IMAGENS
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
À HORA EM QUE OS PÁSSAROS CANTAM MADRIGAIS À SUA AMADA.
Esta noite sonhei alto, acordado, à hora em que os pássaros cantam madrigais à sua amada. E o que sonhei, não lhes vou contar, porque sei que não gostam de perder tempo, principalmente com palavras ôcas, ou idéias loucas...Porque essas quando acontecem, merecem orelhas moucas...Basta-nos a Internet ou a conversa fiada de alguns políticos da praça e até de alguns autores, que nem sequer são escritores, porque estes em boa hora, já são bem raros, quando não têm a cara tapada...Ou não aparecem por detrás dos écrans bem pagos, da nossa redentora e apreciada TV.
E de tudo isto, colhi e retirei ensinamentos e algumas contradições... Que por exemplo, a grande gesta portuguesa, nem sequer foi a assegurada pelos descobridores ou pelos descobrimentos. A maior, foi indubitavelmente a construção da sua língua, porque essa, além de rica, é falada no espaço imenso que os portugueses criaram ou foram a isso obrigados(?).
É aí que as primeiras iniciativas, de espalhar, um incipiente galaico-português, foram projectadas em mar aberto, em regiões insulares, que continuam curiosasmente portuguesas, no meio de um Atlântico salgado, que, segundo doutas ou iníquas opiniões, une (?) mais do que separa.
Estou a falar por exemplo, dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, sobretudo do arquipélago dos Açores.
E o que vejo, dá-me vontade para rir. Ou melhor, vontade para ficar indignado. Isto porque, mesmo com os atempados relatos dos Gamas e dos Cabrais e de outros que tais, continuam tão desconhecidos como no tempo do seu achamento, que é suposto ter sido por volta de 1427.
E porque a língua une, e porque a cultura aproxima, segundo alguns e porque a igualdade suporta isto que se está a tornar numa balda e que se chama Democracia, fico a pensar, quando vejo o que se passa à minha volta, mais concretamente em termos culturais, que o mundo português é-, Lisboa e algum Continente-, e que o resto fica deliberadamente à mercê de um apagão. Estou a falar por exemplo, de eventos culturais (lançamento de livros, peças de teatro, música etc. etc) , quando os das antigas chamadas colónias, vêm à ribalta e a rôdos, com todos os seus contornos e movimentos bem artilhados na comunicação social. É que a comunicação social açoriana afoga-se com a distância...São mil e seiscentos quilómetros de mar...
Mas será por isso, que os escribas dessas plagas, são melhores ou mais bem apetrechados do que os nossos? Será que todo este circuito infernal ou comercial do livro e de outras minudências e formas de arte ou de cultura, está mais desimpedido para aquele lado? Que os orgãos de divulgação, ficam hirtos, parados a meio do canal, mesmo sendo Portugal um país com vocação atlântica? Que se escreve ou fala pior? Ou não será porque os Açores continuam com a condição de "ilhas adjacentes" como no tempo da outra senhora?
Será até que a minha insignificante costela lusitana, surgiu de outro quadrante que não o de Portugal? Ou que a solidão, aquilo que alguém cognominou de insularidade, ou outra mal-querença qualquer surgida ao longo do tempo, agora mais atenuada (?), deu-me acesso ao estranho estatuto de alguém autorizado a pensar?
Quem me empreste uma opinião ou me dê uma dica...Estou a ficar farto...
E de tudo isto, colhi e retirei ensinamentos e algumas contradições... Que por exemplo, a grande gesta portuguesa, nem sequer foi a assegurada pelos descobridores ou pelos descobrimentos. A maior, foi indubitavelmente a construção da sua língua, porque essa, além de rica, é falada no espaço imenso que os portugueses criaram ou foram a isso obrigados(?).
É aí que as primeiras iniciativas, de espalhar, um incipiente galaico-português, foram projectadas em mar aberto, em regiões insulares, que continuam curiosasmente portuguesas, no meio de um Atlântico salgado, que, segundo doutas ou iníquas opiniões, une (?) mais do que separa.
Estou a falar por exemplo, dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, sobretudo do arquipélago dos Açores.
E o que vejo, dá-me vontade para rir. Ou melhor, vontade para ficar indignado. Isto porque, mesmo com os atempados relatos dos Gamas e dos Cabrais e de outros que tais, continuam tão desconhecidos como no tempo do seu achamento, que é suposto ter sido por volta de 1427.
E porque a língua une, e porque a cultura aproxima, segundo alguns e porque a igualdade suporta isto que se está a tornar numa balda e que se chama Democracia, fico a pensar, quando vejo o que se passa à minha volta, mais concretamente em termos culturais, que o mundo português é-, Lisboa e algum Continente-, e que o resto fica deliberadamente à mercê de um apagão. Estou a falar por exemplo, de eventos culturais (lançamento de livros, peças de teatro, música etc. etc) , quando os das antigas chamadas colónias, vêm à ribalta e a rôdos, com todos os seus contornos e movimentos bem artilhados na comunicação social. É que a comunicação social açoriana afoga-se com a distância...São mil e seiscentos quilómetros de mar...
Mas será por isso, que os escribas dessas plagas, são melhores ou mais bem apetrechados do que os nossos? Será que todo este circuito infernal ou comercial do livro e de outras minudências e formas de arte ou de cultura, está mais desimpedido para aquele lado? Que os orgãos de divulgação, ficam hirtos, parados a meio do canal, mesmo sendo Portugal um país com vocação atlântica? Que se escreve ou fala pior? Ou não será porque os Açores continuam com a condição de "ilhas adjacentes" como no tempo da outra senhora?
Será até que a minha insignificante costela lusitana, surgiu de outro quadrante que não o de Portugal? Ou que a solidão, aquilo que alguém cognominou de insularidade, ou outra mal-querença qualquer surgida ao longo do tempo, agora mais atenuada (?), deu-me acesso ao estranho estatuto de alguém autorizado a pensar?
Quem me empreste uma opinião ou me dê uma dica...Estou a ficar farto...
sábado, 5 de novembro de 2011
No Lançamento do livro "SINAIS DE INFINITO - Realidades e Mitos do Nosso Tempo" - Algumas palavras proferidas por HUMBERTO VICTOR MOURA - o Autor
Antes de proferir umas palavras, eu queria aqui deixar um breve esclarecimento.
A interpretação da criação literária, cabe obviamente ao leitor, norteando-se este pelo rumo traçado pelo escritor, embora nem sempre, um ou outro, seja coincidente.
Esta a meu ver, a grande magia da arte e da literatura em particular. Por isso ou talvez por isso, ninguém poderá opor-se ao interessante óbice, que é o de especular se a personagem tal, é aquele que conhecemos. Que o local que pisámos, estará ou não, em consonância com o que o autor criou. Isto porque em ficção literária, tudo ou quase tudo é permitido.
E são os factos em geral, e as pessoas em particular, que insipram e interessam a quem escreve, e a quem as descreve.
Isto para lhes dizer, que das personagens que fruem ao longo do livro "Sinais de Infinito - Realidades e Mitos do Nosso Tempo", por favor não vislumbrem semelhanças com o Dr. João Maria ou com o Dr. Trombas, ambos entendidos farmacêuticos, que viveram nesta cidade: o primeiro, guardador de memórias, maçónico assumido, humanista de quatro costados e homem dado a esoterismos. O segundo, arribado do Continente português, conhecido e admirado por toda a gente com quem diariamente convivia. Nem com Rosa, cozinheira por vocação , e mulher de todo o serviço, nascida ali para os lados da Areia Larga. Ou com o Dr. Silva, jovem médico do Hospital da Horta, inspirador de jovens como ex-atleta de eleição. Ou até com um certo bibliotecário displicente, calvo e anarquista, de nome Pedro de Oliveira, florentino, vivendo exilado nos arredores de Lisboa e pensando eternamente nos Açores. Nem com o sábio padre Ezequias, historiador emérito e pároco de uma igreja desta cidade, muito embora a inspiração exista e esteja lá para vos atormentar, e isto para lhes dizer apenas que não se escreve a partir do nada e que o autor parmanece (mais ou menos) escondido atrás daquilo que escreve.
Porque ao divagarem por este silencioso, delicioso, mas sempre enganoso caminho, poderão ter a sorte (ou sabe-se lá a pouca sorte), de se encontraram também retractados nalguma dessas personagens e no puzzle, que é o livro, tão características, desta pequena terra, personagens que de uma terra assim tão estreita, poderão também aspirar ao panteão dos universais.
Posto esta eviso à navegação, tentarei ser o mais breve possível.
Primeiro: para fugir à tentação de ser juíz em causa própria, algo que me incomoda. Depois, porque o meu velho e bom amigo V..., já o fez com a mestria que lhe conhecemos, talvez com a fasquia elevada, mas sempre de forma coerente e notável...
(...) É que os faialenses têm que aprender e fazer destas coisas, isto é, aprender a gostar de si e a ter presente, aquilo que vulgarmente se chama auto-estima, o que lhes está faltando.
E para a conseguir, é preciso começar a valorizar o que se fez ou o que por aí se vai humildemente fazendo...
A Temática
Como citei, não me cabe, nem me é aceitável especular, o que é, ou o que deveria ter sido o livro. Para tal, existem os ensaístas, homens que vivem escrevendo, bem e mal, de quem e do que se escreve, uma arte recorrente, mas dolorosa, neste país à beira mar plantado, e muito mais nestes Açores de raras leituras e mares por vezes encapelados.
Arte solitária, mas dolorosa a escrita, porque se perde tempo, às vezes dinheiro. Já agora caberia aqui lançar uma olhadela a editoras, distribuidoras e negócios subjacentes à escrita, o que não gosto, já que é misturar dinheiro com arte e cultura, assunto que acho duvidoso...
Optei por uma posição intermédia, a de Miguel Torga, autor de Bichos, que em vida curiosamente, sempre recorreu à solução de "edição de autor"...Ele sabia lá as linhas com que se cozia...
Este por exemplo roubou-me algum tempo (foi iniciado em 2004 e terminou em 2010) e como irão ver, isto é, se se aventurarem a lhe deitar os olhos em cima, mesmo recorrendo a uma certa engenharia gráfica, ultapassa as 420 páginas, incluindo gralhas e imprecisões, sempre presentes em obras desta natureza. E isto, ainda bem, porque perfeição e absoluto não existem, nas pessoas e muito menos nos livros, numa altura em que ela (a literatura) é vendida ao metro, tal como a linguiça dos "bons" e "saudosos" tempos...O velho adágio de que o óptimo é inimigo do bom, tem, mais uma vez, aqui o seu cabimento.
Uma nota curiosa: todo o trabalho gráfico, foi feito no Faial, o que dantes jamais acontecera com anteriores obras do autor.
O livro é uma narrativa de cunho documental e de realidade ficcionada, como aliás se diz no prefácio, apoiando-se o seu autor na memória e na história, e o producto a quem foi dada a oportunidade de nascer e de viver antes da maior guerra alguma vez presenciada, a Segunda Guerra Mundial, e a que terminou há bem pouco no Iraque, e digo isto, porque o livro questiona e explora esse tema, isto é, se a vida não será efémera e se não haverá a possibilidade de a viver mais, para poder também reflectir mais...E porque não, melhor.
E porque é um romance, o enredo começa numa certa manhã chuvosa de Setembro de 1998 no alto do cemitério do Carmo, junto ao "reducto" dos Dabney, com a baía da Horta a rebrilhar ao fundo, e termina uns anos mais tarde, na praia de Porto Pim, lugar mítico, como irão ver, no extremo sul da cidade, um binómio simbólico de Morte-Vida, a convidar à reflexão.
Fala-se muito do Faial e da Horta em particular. Das suas gentes, dos seus anseios e costumes, das suas tradições, e, sobretudo da sua história, (porque este livro, é um livro a pensar na história), que a Horta, honra lhe seja feita, tem para dar e vender. Mas não só: todos os Açores são envolvidos nessa trama e também o Continente português, sobretudo Lisboa. Depois salta-se para o Próximo e Médio Oriente, com a turbulência que se lhe conhece e o protagonismo político de alguns homens, como Bush, Blair, Sadame e outros.
E há todo um mundo que se agita e que aguarda a notícia de uma jornalista inglesa, jovem, bonita e famosa da BBC, de nome Harriet Terra Simpson, neta de uma personagem enigmática, que atravessa os dois últimos romances do autor ("Sismo na Madrugada" e "Sinais de Infinito"), de nome Quevedo, um faialense, que morre na Horta às garras do sismo de 1998. Mas atenção: não do sismo. E verão porquê; ele que atravessara várias guerras como repórter de guerra e que havia sobrevivido à fúria assassina do III Reich de Hitler, Goering e seus sequazes
Buscam-se memórias em Lisboa, Londres e Alexandria, (Egipto), e também um pouco por todo o mundo, seguindo as pisadas de Quevedo, esse avô misterioso e mítico, um avô que terá sido famoso no seu tempo, mas que é completamente desconhecido na terra onde nasceu. Mas o livro não se fica por aqui ou por mais esta ou aquela história. Porque o livro é História e também realidade, ora desfazendo mitos, ora recriando outros, e não só: é todo um vaivém e um questionar permanente, se valerá a pena viver ou viver assim, uma realidade sentida em cada personagem (cidadão anónimo) que surge e que desconhece a sua própria identidade e finalidade de viver.
E desse questionar surge outro homem, um homem que se identifica, não como o sublime producto da Criação, mas como o maior predador da Terra.
E é nesse sentido que o livro se articula. De como, depois de alcançar e conseguir as magias que lhe podem garantir a felicidade, ele consegue-a apenas artificalmente, mas sempre à custa da dor de uma, ou de outra vida, ou de mais um, ou de outro sacrificio do seu próprio semelhante.
Quatro ou cinco personagens constituem-se como arquitectura para o debate ao longo deste romance, porque o livro é um romance - um romance de realidade ficcionada.
São eles, um farmacêutico, um médico, uma jornalista e um padre.
As religiões, os mitos, os poderes, as políticas, são escalpelizadas ao pormenor...
(continua)
A interpretação da criação literária, cabe obviamente ao leitor, norteando-se este pelo rumo traçado pelo escritor, embora nem sempre, um ou outro, seja coincidente.
Esta a meu ver, a grande magia da arte e da literatura em particular. Por isso ou talvez por isso, ninguém poderá opor-se ao interessante óbice, que é o de especular se a personagem tal, é aquele que conhecemos. Que o local que pisámos, estará ou não, em consonância com o que o autor criou. Isto porque em ficção literária, tudo ou quase tudo é permitido.
E são os factos em geral, e as pessoas em particular, que insipram e interessam a quem escreve, e a quem as descreve.
Isto para lhes dizer, que das personagens que fruem ao longo do livro "Sinais de Infinito - Realidades e Mitos do Nosso Tempo", por favor não vislumbrem semelhanças com o Dr. João Maria ou com o Dr. Trombas, ambos entendidos farmacêuticos, que viveram nesta cidade: o primeiro, guardador de memórias, maçónico assumido, humanista de quatro costados e homem dado a esoterismos. O segundo, arribado do Continente português, conhecido e admirado por toda a gente com quem diariamente convivia. Nem com Rosa, cozinheira por vocação , e mulher de todo o serviço, nascida ali para os lados da Areia Larga. Ou com o Dr. Silva, jovem médico do Hospital da Horta, inspirador de jovens como ex-atleta de eleição. Ou até com um certo bibliotecário displicente, calvo e anarquista, de nome Pedro de Oliveira, florentino, vivendo exilado nos arredores de Lisboa e pensando eternamente nos Açores. Nem com o sábio padre Ezequias, historiador emérito e pároco de uma igreja desta cidade, muito embora a inspiração exista e esteja lá para vos atormentar, e isto para lhes dizer apenas que não se escreve a partir do nada e que o autor parmanece (mais ou menos) escondido atrás daquilo que escreve.
Porque ao divagarem por este silencioso, delicioso, mas sempre enganoso caminho, poderão ter a sorte (ou sabe-se lá a pouca sorte), de se encontraram também retractados nalguma dessas personagens e no puzzle, que é o livro, tão características, desta pequena terra, personagens que de uma terra assim tão estreita, poderão também aspirar ao panteão dos universais.
Posto esta eviso à navegação, tentarei ser o mais breve possível.
Primeiro: para fugir à tentação de ser juíz em causa própria, algo que me incomoda. Depois, porque o meu velho e bom amigo V..., já o fez com a mestria que lhe conhecemos, talvez com a fasquia elevada, mas sempre de forma coerente e notável...
(...) É que os faialenses têm que aprender e fazer destas coisas, isto é, aprender a gostar de si e a ter presente, aquilo que vulgarmente se chama auto-estima, o que lhes está faltando.
E para a conseguir, é preciso começar a valorizar o que se fez ou o que por aí se vai humildemente fazendo...
A Temática
Como citei, não me cabe, nem me é aceitável especular, o que é, ou o que deveria ter sido o livro. Para tal, existem os ensaístas, homens que vivem escrevendo, bem e mal, de quem e do que se escreve, uma arte recorrente, mas dolorosa, neste país à beira mar plantado, e muito mais nestes Açores de raras leituras e mares por vezes encapelados.
Arte solitária, mas dolorosa a escrita, porque se perde tempo, às vezes dinheiro. Já agora caberia aqui lançar uma olhadela a editoras, distribuidoras e negócios subjacentes à escrita, o que não gosto, já que é misturar dinheiro com arte e cultura, assunto que acho duvidoso...
Optei por uma posição intermédia, a de Miguel Torga, autor de Bichos, que em vida curiosamente, sempre recorreu à solução de "edição de autor"...Ele sabia lá as linhas com que se cozia...
Este por exemplo roubou-me algum tempo (foi iniciado em 2004 e terminou em 2010) e como irão ver, isto é, se se aventurarem a lhe deitar os olhos em cima, mesmo recorrendo a uma certa engenharia gráfica, ultapassa as 420 páginas, incluindo gralhas e imprecisões, sempre presentes em obras desta natureza. E isto, ainda bem, porque perfeição e absoluto não existem, nas pessoas e muito menos nos livros, numa altura em que ela (a literatura) é vendida ao metro, tal como a linguiça dos "bons" e "saudosos" tempos...O velho adágio de que o óptimo é inimigo do bom, tem, mais uma vez, aqui o seu cabimento.
Uma nota curiosa: todo o trabalho gráfico, foi feito no Faial, o que dantes jamais acontecera com anteriores obras do autor.
O livro é uma narrativa de cunho documental e de realidade ficcionada, como aliás se diz no prefácio, apoiando-se o seu autor na memória e na história, e o producto a quem foi dada a oportunidade de nascer e de viver antes da maior guerra alguma vez presenciada, a Segunda Guerra Mundial, e a que terminou há bem pouco no Iraque, e digo isto, porque o livro questiona e explora esse tema, isto é, se a vida não será efémera e se não haverá a possibilidade de a viver mais, para poder também reflectir mais...E porque não, melhor.
E porque é um romance, o enredo começa numa certa manhã chuvosa de Setembro de 1998 no alto do cemitério do Carmo, junto ao "reducto" dos Dabney, com a baía da Horta a rebrilhar ao fundo, e termina uns anos mais tarde, na praia de Porto Pim, lugar mítico, como irão ver, no extremo sul da cidade, um binómio simbólico de Morte-Vida, a convidar à reflexão.
Fala-se muito do Faial e da Horta em particular. Das suas gentes, dos seus anseios e costumes, das suas tradições, e, sobretudo da sua história, (porque este livro, é um livro a pensar na história), que a Horta, honra lhe seja feita, tem para dar e vender. Mas não só: todos os Açores são envolvidos nessa trama e também o Continente português, sobretudo Lisboa. Depois salta-se para o Próximo e Médio Oriente, com a turbulência que se lhe conhece e o protagonismo político de alguns homens, como Bush, Blair, Sadame e outros.
E há todo um mundo que se agita e que aguarda a notícia de uma jornalista inglesa, jovem, bonita e famosa da BBC, de nome Harriet Terra Simpson, neta de uma personagem enigmática, que atravessa os dois últimos romances do autor ("Sismo na Madrugada" e "Sinais de Infinito"), de nome Quevedo, um faialense, que morre na Horta às garras do sismo de 1998. Mas atenção: não do sismo. E verão porquê; ele que atravessara várias guerras como repórter de guerra e que havia sobrevivido à fúria assassina do III Reich de Hitler, Goering e seus sequazes
Buscam-se memórias em Lisboa, Londres e Alexandria, (Egipto), e também um pouco por todo o mundo, seguindo as pisadas de Quevedo, esse avô misterioso e mítico, um avô que terá sido famoso no seu tempo, mas que é completamente desconhecido na terra onde nasceu. Mas o livro não se fica por aqui ou por mais esta ou aquela história. Porque o livro é História e também realidade, ora desfazendo mitos, ora recriando outros, e não só: é todo um vaivém e um questionar permanente, se valerá a pena viver ou viver assim, uma realidade sentida em cada personagem (cidadão anónimo) que surge e que desconhece a sua própria identidade e finalidade de viver.
E desse questionar surge outro homem, um homem que se identifica, não como o sublime producto da Criação, mas como o maior predador da Terra.
E é nesse sentido que o livro se articula. De como, depois de alcançar e conseguir as magias que lhe podem garantir a felicidade, ele consegue-a apenas artificalmente, mas sempre à custa da dor de uma, ou de outra vida, ou de mais um, ou de outro sacrificio do seu próprio semelhante.
Quatro ou cinco personagens constituem-se como arquitectura para o debate ao longo deste romance, porque o livro é um romance - um romance de realidade ficcionada.
São eles, um farmacêutico, um médico, uma jornalista e um padre.
As religiões, os mitos, os poderes, as políticas, são escalpelizadas ao pormenor...
(continua)
sábado, 22 de outubro de 2011
MUITOS AUTORES, ALGUNS ACTORES E POUCOS ESCRITORES
Nada ou bem pouco, corre bem, neste paraíso à beira mar plantado, que se chama Portugal.
Vive-se um dia-a-dia de mãos vazias ou cheias de nada.
Para onde vamos ou para onde queremos ir?
E vamos preenchendo estes dias, umas vezes longos e sem graça, outras, vagos e sem rumo, mas sempre efémeros, recorrendo à alienação tecnológica, ao dolce far niente, à dentada psicológica, ao recurso de mistificar a verdade, (com a verdade me enganas), ao drible oportuno e viscoso, e ela ( vida), desliza , imperturbável e impassível, à espera da outra face do poliedro, aquela roda dentada que vai despejando os seus incautos locatários, na frieza da terra.
E não há dinheiro, riqueza, fortuna, que a pague, atrase, ou derrube.
Vive-se a miséria da fatalidade!
E rir é o grande e o melhor remédio. Ou então o cultivo de uma ampla gastronomia, sintética, regada e atempada, de vinhos finíssimos e sangues variados, levando uma vida fútil, como se de uma peça de Moliére se tratasse.
Cómica? Trágica? Melodrama, sem principio e sem se pensar no fim?
Ordem para desertar, é o que nos espera.
Mas qual o mal maior? Será o homem, que curiosamente dizem ser a obra máxima da Criação.
Qual Criação?!
Ora bolas! A ser verdade, sinto-me envergonhado. Ou melhor: sinto vergonha de ser humano.
Penso que a solução será mesmo outra. Estou a pensar por exemplo, no culto da ignorância, aquilo que mais se cultiva neste momento e neste país, mesmo com tanto canudo à solta e cirandando à volta.... E nem me falem de burrice, porque o burro comparativamente, dá assustadoras lições de civismo a esse ser garboso, que se chama homem, sobretudo de abnegação e trabalho. E não tem TV, nem impostos, nem poetas, nem escritores, nem Iva, nem telemóvel, nem computador, nem preocupações sociais, nem um tecto para se abrigar ou uma encherga para se aconchegar, nem sequer uma côdea para roer. Vive e convive com a dor diariamente, mas não se queixa...Que lição!
Quanto a escritores...Alguém os viu? E não nos faltam livros, com caras novas a subscrevê-los, às vezes fotos q.b....Autores? Sim, muitos. Actores? Sim, alguns, sobretudo da nobre arte da política. Escritores? A esta não lhes vou responder...
Se tiverem uma cara diariamente na televisão ou em outro malfadado meio de comunicação...talvez, mesmo que ninguém perca tempo com eles...É caso para perguntar. Valerá a pena?
O quê? Viver? Escrever? Ou ler essa gente?
Vive-se um dia-a-dia de mãos vazias ou cheias de nada.
Para onde vamos ou para onde queremos ir?
E vamos preenchendo estes dias, umas vezes longos e sem graça, outras, vagos e sem rumo, mas sempre efémeros, recorrendo à alienação tecnológica, ao dolce far niente, à dentada psicológica, ao recurso de mistificar a verdade, (com a verdade me enganas), ao drible oportuno e viscoso, e ela ( vida), desliza , imperturbável e impassível, à espera da outra face do poliedro, aquela roda dentada que vai despejando os seus incautos locatários, na frieza da terra.
E não há dinheiro, riqueza, fortuna, que a pague, atrase, ou derrube.
Vive-se a miséria da fatalidade!
E rir é o grande e o melhor remédio. Ou então o cultivo de uma ampla gastronomia, sintética, regada e atempada, de vinhos finíssimos e sangues variados, levando uma vida fútil, como se de uma peça de Moliére se tratasse.
Cómica? Trágica? Melodrama, sem principio e sem se pensar no fim?
Ordem para desertar, é o que nos espera.
Mas qual o mal maior? Será o homem, que curiosamente dizem ser a obra máxima da Criação.
Qual Criação?!
Ora bolas! A ser verdade, sinto-me envergonhado. Ou melhor: sinto vergonha de ser humano.
Penso que a solução será mesmo outra. Estou a pensar por exemplo, no culto da ignorância, aquilo que mais se cultiva neste momento e neste país, mesmo com tanto canudo à solta e cirandando à volta.... E nem me falem de burrice, porque o burro comparativamente, dá assustadoras lições de civismo a esse ser garboso, que se chama homem, sobretudo de abnegação e trabalho. E não tem TV, nem impostos, nem poetas, nem escritores, nem Iva, nem telemóvel, nem computador, nem preocupações sociais, nem um tecto para se abrigar ou uma encherga para se aconchegar, nem sequer uma côdea para roer. Vive e convive com a dor diariamente, mas não se queixa...Que lição!
Quanto a escritores...Alguém os viu? E não nos faltam livros, com caras novas a subscrevê-los, às vezes fotos q.b....Autores? Sim, muitos. Actores? Sim, alguns, sobretudo da nobre arte da política. Escritores? A esta não lhes vou responder...
Se tiverem uma cara diariamente na televisão ou em outro malfadado meio de comunicação...talvez, mesmo que ninguém perca tempo com eles...É caso para perguntar. Valerá a pena?
O quê? Viver? Escrever? Ou ler essa gente?
terça-feira, 18 de outubro de 2011
LANÇAR LIVROS É COMO LANÇAR PENAS , VOAM MAS SEMPRE FICAM ALGUNS
O MAIOR DESCONCERTO DESTE MUNDO, É NASCER PARA MORRER. E A MAIOR JUSTIFICAÇÃO PARA NELE CONTINUAR, É ELA PRÓPRIA. E SE QUISERES SABER MAIS, VAI LENDO ESTE ROMANCE DE 422 PÁGINAS DE NOME SINAIS DE INFINITO O QUE NÃO VAI SER DIFICIL A QUEM ESTÁ HABITUADO AO MUNDO DA NET E DO FACEBOOK, DUAS GRANDES MAGIAS DA COMUNICAÇÃO. SE SOUBESSES COMO TUDO ISTO ERA HÁ CINQUENTA ANOS ATRÁS. E ISTO VEM A PROPÓSITO DAS REDES SOCIAIS ...UMA MENSAGEM PELO SEM FIO, CHAMAVA-SE TELEGRAMA. PARABENS E PÊSAMES, E OUTRAS mensagens COMO DE PARABENS, feliz natal, ETC., ERAM DADAS DESSA FORMA PONTO TRAÇO PONTO DE SAMUEL MORSE E POR ESSE SUBTIL E FASCINANTE MEIO... O LIVRO FALA NISSO.
JÁ ESTÁ JÁ NAS BANCAS...
SABES REALMENTE O SIGNIFICADO DE INFINITO? PODE SER TANTA COISA... PRINCIPIO OU MESMO FIM, QUER SE TRATE DE RELIGIÃO, OU DE OUTRA ESQUESITICE QUALQUER, ESSENCIALMENTE HUMANA; PODE SER, E É SOBRETUDO, UM ESPAÇO SEM FIM: ETERNIDADE.
E FOI AMENÓFIS IV, UM FARAÓ ATÉ HÁ POUCO DESCONHECIDO, QUE VIVEU TRÊS MIL ANOS ANTES DE CRISTO, QUEM PRIMEIRO O CONJECTUROU
E
ISTO
PORQUE QUERIA VER DEUS...
VAI LENDO, SABOREANDO E MEDITANDO NESTE FRIO INVERNO. PERDI COM ELE ALGUM TEMPO ...E É VENDIDO QUASE A CUSTO ZERO...MAS VALEU A PENA...PORQUE AFINAL, TUDO VALE A PENA, QUANDO A ALMA NÃO É PEQUENA...
DEIXO UMA LIGEIRA CONFIDÊNCIA: NÃO SEI COMO EXISTEM AINDA POR AÍ ALGUNS MADUROS , QUE ESCREVEM LIVROS, E RECITAM VERSOS.
LIVROS? MAS O QUE É ISSO? PARA QUE SERVEM? QUEM OS APRECIA, LÊ ou compra? E POR ONDE ANDAM OS QUE OS FAZEM? OS ESCRITORES, OS AUTORES, OS POETAS E ATÉ OS LIVROS DESTE ENCALACRADO PAÍS? UM MUNDO DE LOUCOS E O QUE FAZEMOOS É VIVER NELE PARTILHANDO NA ORGIA ... VAMOS, SEM SENTIR, CAMINHANDO ALEGREMENTE PARA O CAOS...ENTULHANDO-NOS ATÉ ONDE CUSTA ...É PRECISO MUDAR DE RUMO. E DEPRESSA.
UM SÉCULO, MAIS UM, QUE É UM MARCADOR SEM SENTIDO E SERVENTIA PARA QUEM LHE PROPUSERAM A ARTE DE VIVER.
ESTE SEC. XXI COMEÇOU MAL E DE FORMA IRRESPONSÁVEL, TANTO, QUE PODERÁ VIR A ENVERGONHAR, ANIQUILAR OU ATÉ DIRRIMIR O FUTURO, UM FUTURO INCERTO E SEM DESTINO, QUE FUGAZ E TIMIDAMNENTE SE APRESENTA ...COMO UM CAVALEIRO DO APOCALIPSO.
ENCONTRAS LÁ ISSO E MAIS ...E SE VASCULHARES, ATÉ PODES MUITO BEM SABER ONDE SE SITUAVA A ATLÂNTIDA, POLEMICAMENTE SURGUIDA E DESAPARECIDA HÁ MAIS DE DOZE MIL ANOS...
BEM HAJAS SE TE ENTREGARES OU NÃO A ESSA IMENSA E EXECRANDA TRABALHEIRA OU A ESSE HERÓICO E DIGIFICANTE DESAFIO...É MAIS UM...
JÁ ESTÁ JÁ NAS BANCAS...
SABES REALMENTE O SIGNIFICADO DE INFINITO? PODE SER TANTA COISA... PRINCIPIO OU MESMO FIM, QUER SE TRATE DE RELIGIÃO, OU DE OUTRA ESQUESITICE QUALQUER, ESSENCIALMENTE HUMANA; PODE SER, E É SOBRETUDO, UM ESPAÇO SEM FIM: ETERNIDADE.
E FOI AMENÓFIS IV, UM FARAÓ ATÉ HÁ POUCO DESCONHECIDO, QUE VIVEU TRÊS MIL ANOS ANTES DE CRISTO, QUEM PRIMEIRO O CONJECTUROU
E
ISTO
PORQUE QUERIA VER DEUS...
VAI LENDO, SABOREANDO E MEDITANDO NESTE FRIO INVERNO. PERDI COM ELE ALGUM TEMPO ...E É VENDIDO QUASE A CUSTO ZERO...MAS VALEU A PENA...PORQUE AFINAL, TUDO VALE A PENA, QUANDO A ALMA NÃO É PEQUENA...
DEIXO UMA LIGEIRA CONFIDÊNCIA: NÃO SEI COMO EXISTEM AINDA POR AÍ ALGUNS MADUROS , QUE ESCREVEM LIVROS, E RECITAM VERSOS.
LIVROS? MAS O QUE É ISSO? PARA QUE SERVEM? QUEM OS APRECIA, LÊ ou compra? E POR ONDE ANDAM OS QUE OS FAZEM? OS ESCRITORES, OS AUTORES, OS POETAS E ATÉ OS LIVROS DESTE ENCALACRADO PAÍS? UM MUNDO DE LOUCOS E O QUE FAZEMOOS É VIVER NELE PARTILHANDO NA ORGIA ... VAMOS, SEM SENTIR, CAMINHANDO ALEGREMENTE PARA O CAOS...ENTULHANDO-NOS ATÉ ONDE CUSTA ...É PRECISO MUDAR DE RUMO. E DEPRESSA.
UM SÉCULO, MAIS UM, QUE É UM MARCADOR SEM SENTIDO E SERVENTIA PARA QUEM LHE PROPUSERAM A ARTE DE VIVER.
ESTE SEC. XXI COMEÇOU MAL E DE FORMA IRRESPONSÁVEL, TANTO, QUE PODERÁ VIR A ENVERGONHAR, ANIQUILAR OU ATÉ DIRRIMIR O FUTURO, UM FUTURO INCERTO E SEM DESTINO, QUE FUGAZ E TIMIDAMNENTE SE APRESENTA ...COMO UM CAVALEIRO DO APOCALIPSO.
ENCONTRAS LÁ ISSO E MAIS ...E SE VASCULHARES, ATÉ PODES MUITO BEM SABER ONDE SE SITUAVA A ATLÂNTIDA, POLEMICAMENTE SURGUIDA E DESAPARECIDA HÁ MAIS DE DOZE MIL ANOS...
BEM HAJAS SE TE ENTREGARES OU NÃO A ESSA IMENSA E EXECRANDA TRABALHEIRA OU A ESSE HERÓICO E DIGIFICANTE DESAFIO...É MAIS UM...
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Livro "Sinais de Infinito - Realidades e Mitos do Nosso Tempo"
Será lançado no dia 14 de Outubro pelas 21H00 no Auditório da Biblioteca e Arquivo Regional João José da Graça da Horta por Victor Rui Dores
sábado, 24 de setembro de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
AUTO-ESTIMA NO FAIAL : PRECISA-SE!
Quando aqui cheguei e já lá vão mais de cinco décadas, algumas coisas me encantaram a par de outras, que me impressionaram menos bem. A primeira foi indiscutivelmente uma certa finessse trazida quiçá de outros tempos, que tem tendência a desaparecer, sobretudo na cidade da Horta , que considero como a cidade mais bafejada em beleza no arquipélago.
A perda progressiva de algumas infraestruturas e até de poder político (Os Ex-Distritos), trouxeram de novo à ribalta, velhos fantasmas e conceitos de grandeza e pequenez, vindos de perto ou de bem mais longe, que dificilmente têm sido ultrapassados, apesar de ter havido o bom senso, quando se elaborou a arquitectura autonómica, de se ter respeitado o que foi a história destas ilhas.
E, isto porque essa pequenez nunca existiu, para quem entende que a mais valia de uma terra, assenta , não em pressupostos económicos, demográficos ou geográficos, mas em pressupostos culturais.
Esta uma questão que os próprios faialenses não perceberam. E não perceberam, que deviam gostar mais de si e do que por aqui se faz, se fez ou se vai fazendo. Resumindo: deviam gostar mais da sua terra.
Porque gostar da terra é também gostar de si. A isto chama-se auto-estima. E não só os faialenses: todos os que por aqui vivem ou têm a sorte ou obrigação de viver, deviam, seguir esse exemplo.
Cuidado, em não confundir com o bairrismo exacerbado...Porque esse é uma doença...Um virus HN (qualquer coisa), que mora em muito lado aqui pelos Açores...
A perda progressiva de algumas infraestruturas e até de poder político (Os Ex-Distritos), trouxeram de novo à ribalta, velhos fantasmas e conceitos de grandeza e pequenez, vindos de perto ou de bem mais longe, que dificilmente têm sido ultrapassados, apesar de ter havido o bom senso, quando se elaborou a arquitectura autonómica, de se ter respeitado o que foi a história destas ilhas.
E, isto porque essa pequenez nunca existiu, para quem entende que a mais valia de uma terra, assenta , não em pressupostos económicos, demográficos ou geográficos, mas em pressupostos culturais.
Esta uma questão que os próprios faialenses não perceberam. E não perceberam, que deviam gostar mais de si e do que por aqui se faz, se fez ou se vai fazendo. Resumindo: deviam gostar mais da sua terra.
Porque gostar da terra é também gostar de si. A isto chama-se auto-estima. E não só os faialenses: todos os que por aqui vivem ou têm a sorte ou obrigação de viver, deviam, seguir esse exemplo.
Cuidado, em não confundir com o bairrismo exacerbado...Porque esse é uma doença...Um virus HN (qualquer coisa), que mora em muito lado aqui pelos Açores...
domingo, 28 de agosto de 2011
JARDIM SEMPRE IGUAL A SI MESMO
Toda a oposição lhe acerta em cheio. Está a merecê-las há muito. A política e o discurso têm limites. Até mesmo nesta estranha utopia, chamada democracia, e isto porque gerada num país de brandos e suaves costumes...
E é utopia, porque em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Ou haverá?
Ou houve? Se houve, e houve com certeza, as culpas estão diluidas por tanta gente...Até de além fronteiras.
Gente com pouca experiência de vida, essa a que nos vai caindo em sorte na governação... E eis que surge a crise.
Jardim que sempre gostou da gastar à farta, vê-se agora apertado: falta-lhe liquidez. E lança-se na aventura e no ataque. E é um tal zurzir, voltando-se para os Açores, para o elo mais fraco. Um elo que tem na lapela uma marca política aberrante, (segundo ele), porque diferente da sua.
É a política no seu melhor.
Quer, não, exige uma igualdade à lauta mesa do orçamento, (em metal sonante) para as suas duas ilhas (Madeira e Porto Santo), igaualzinha à dos Açores, esquecendo-se de que os Açores são nove ilhas, (S. Miguel, Sta. Maria, Terceira, Graciosa, Pico, Faial, Flores e Corvo), isto para quem não sabe e há muita gente, infelizmente, que não sabe...
Saberá mesmo o homem alguma coisa de geografia? Na quarta classe do meu tempo aprendia-se isto. Ou o mal será outro. Será da execranda tabuada?
É que agora nem é preciso sabê-la, e até há gente da política que não sabe.
Nem é preciso - têm a máquina de calcular. O pior é quando falham as pilhas...
E pelo que se está vendo, elas falharam (as pilhas), e falharam a todos os níveis....
Que Deus os abençoe, a todos, os bons e os maus da fita, incluindo o Jardim...
E já agora: que não voltem a pecar! Amen...
E é utopia, porque em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Ou haverá?
Ou houve? Se houve, e houve com certeza, as culpas estão diluidas por tanta gente...Até de além fronteiras.
Gente com pouca experiência de vida, essa a que nos vai caindo em sorte na governação... E eis que surge a crise.
Jardim que sempre gostou da gastar à farta, vê-se agora apertado: falta-lhe liquidez. E lança-se na aventura e no ataque. E é um tal zurzir, voltando-se para os Açores, para o elo mais fraco. Um elo que tem na lapela uma marca política aberrante, (segundo ele), porque diferente da sua.
É a política no seu melhor.
Quer, não, exige uma igualdade à lauta mesa do orçamento, (em metal sonante) para as suas duas ilhas (Madeira e Porto Santo), igaualzinha à dos Açores, esquecendo-se de que os Açores são nove ilhas, (S. Miguel, Sta. Maria, Terceira, Graciosa, Pico, Faial, Flores e Corvo), isto para quem não sabe e há muita gente, infelizmente, que não sabe...
Saberá mesmo o homem alguma coisa de geografia? Na quarta classe do meu tempo aprendia-se isto. Ou o mal será outro. Será da execranda tabuada?
É que agora nem é preciso sabê-la, e até há gente da política que não sabe.
Nem é preciso - têm a máquina de calcular. O pior é quando falham as pilhas...
E pelo que se está vendo, elas falharam (as pilhas), e falharam a todos os níveis....
Que Deus os abençoe, a todos, os bons e os maus da fita, incluindo o Jardim...
E já agora: que não voltem a pecar! Amen...
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
OS MELROS
Não me refiro obviamente, aos que vestem calças e usam colarinho branco. Esses terão tratamento adequado a seu tempo. Refiro-me aos outros, aos que cantam âs quatro da madrugada, encantando a sua amada.
Àqueles que nos inspiram com as suas melodias, que animam a Mãe Natureza e o dia-a-dia de cada um de nós.
Também a crise lhes bateu à porta: uma portaria a deixar mão livre aos caçadores, que abundam por este país de brandos e suaves costumes. A política a fazer mais uma das suas graças: caçar melros, num total de 40 por cabeça (de caçador). Uma demagogiazita que não agradou nem a gregos, nem a troianos, nem aos caçadores, nem sequer aos agrcultores, porventura os mais prejudicados. Bem pelo contrário: revoltaram-se contra a medida. Então, disseram os primeiros, eles são os nossos companheiros. Animam-nos no dia-a-dia e acompanham-nos nos bons e nos maus momentos.
Os outros: aquilo não tem qualquer valor cinegético... Se os mais prejudicados que são os lavradores, não querem, então que havemos de dizer...
Ora vejam a sensibilidade, sobretudo da política. E o dito foi dado pelo não dito.
Podem voar livremente os nossos maravilhosos e astutos melros negros, enquanto não surgir de novo um politiqueiro, sem experiência de vida, que é o normal, com duas ou três dezenas de anos, a dizer e a fazer das suas, e a dar golpes de asa à sua maneira...
Um eterno obrigado ao bom senso, que vem do povo, dito ignorante e inculto, que às vezes sabiamente tem, e que gratuitamente vai distribuindo lições e exemplos, aos sábichões e aos doutores deste país...
Onde se abandonam velhos e animais...ditos de companhia e estimação...trocando-lhes amor, por uma auto-estrada, sem rosto e sem nome ou por uma cama de hospital solitária, às vezes fria, cheirando a formol e a naftalina...
Onde se abandonam velhos e animais...ditos de companhia e estimação...trocando-lhes amor, por uma auto-estrada, sem rosto e sem nome ou por uma cama de hospital solitária, às vezes fria, cheirando a formol e a naftalina...
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Camélias, popularmente chamadas, cameleiras, japoneiras ou rosas de Japão
As mais belas flores, que vão ornamentando estes nossos lindos rincões floridos que são os Açores, dividindo quintas, galgando e contornando montes, colinas e vales, acompanhando a exuberãncia e graça das sebes das hortênsias.
São rosas, sim senhor! Mas são rosas sem espinhos, belas como a vida, frescas como o mar.
Que a mãe Natureza as proteja, para nosso encanto...E eterno regalo...
Camélias?! Forever!
São rosas, sim senhor! Mas são rosas sem espinhos, belas como a vida, frescas como o mar.
Que a mãe Natureza as proteja, para nosso encanto...E eterno regalo...
Camélias?! Forever!
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Fanatismo ou Cultura? Para Quem e Para Quê?
Sem darmos conta, vamos caminhando para o caos, uma situação em que as religiões, as políticas, os comportamentos, os fanatismos, as seitas e as Internets, vão tendo um peso real e excessivo. E assistimos ao bizarro, ao inconcebível, ao incomportável.
Ainda há dias, alguém em Oslo na Noruega entendeu fazer justiça à sua moda e por mãos próprias, em nome de uma política ou de uma religião, uma e outra vocacionadas para gente civilizada, que advogam e têm como sustentáculo, a fraternidade, a igualdade e o amor. Já não bastava as outras que por aí abundam , e que preconizam morte como purificação e forma de alcançar um paraíso, com sete virgens, castas e meigas lá à sua espera...
Digam-me lá se tudo isto não é loucura? Pior do que isso: DOENÇA e FANATISMO!
E pensar em virgens, numa altura em que existem já tão poucas, não será também loucura?
A hipotética solução para esse e outros problemas, se calhar, ( perdoem-me lá se é divagação) seria repensar ou dosear A VIDA com outros valores, que são mais terrenos e até mais universais. Estamos pensando talvez e por exemplo na cultura, que tanto tem dado que falar, e que tanta gente a exibe orgulhosamente na lapela, seria entre outros, um elo capaz, de unir, não só os homens, mas a vida, através da sensibilização e da compreensão desses valores que são universais, e que a própria Natureza contém e nos oferece, valores que nos envolvem e nos embalam, desde a ternura do berço, à escuridão da morte.
CULTURA? É isso mesmo. Vamos lá pensar nela, não naquela de que nos engordámos diariamente pela Internet, mas na outra; na verdadeira, na das gentes antigas, da sua memória, dos seus livros, tradições, experiências, daqueles que trouxeram isto até aqui, há milhares de anos...
Mas Cultura para quem, há que perguntar?
Quem a deseja? Quem a quer? Quem a apoia? Numa palavra, cultura para quê?
Será que em nome dela se fazem tropelias algumas das quais não lembram nem ao demónio?
Se calhar, e por isso mesmo é que as pessoas não acreditam nela, nem em muita outra coisa, e acreditam mais em empanturrar o cérebro e o corpo com lixo, porque o gozo é mais visivel e imediato...
E não é por acaso que há até governos que fazem vista grossa à miserável e à desgraçada...
Até já a despromoveram do estatuto a que tinha e sempre teve direito: o de ser um Ministério...
Bem hajam todos, pela demagogia ou talvez ignorância...e não só...
Ainda há dias, alguém em Oslo na Noruega entendeu fazer justiça à sua moda e por mãos próprias, em nome de uma política ou de uma religião, uma e outra vocacionadas para gente civilizada, que advogam e têm como sustentáculo, a fraternidade, a igualdade e o amor. Já não bastava as outras que por aí abundam , e que preconizam morte como purificação e forma de alcançar um paraíso, com sete virgens, castas e meigas lá à sua espera...
Digam-me lá se tudo isto não é loucura? Pior do que isso: DOENÇA e FANATISMO!
E pensar em virgens, numa altura em que existem já tão poucas, não será também loucura?
A hipotética solução para esse e outros problemas, se calhar, ( perdoem-me lá se é divagação) seria repensar ou dosear A VIDA com outros valores, que são mais terrenos e até mais universais. Estamos pensando talvez e por exemplo na cultura, que tanto tem dado que falar, e que tanta gente a exibe orgulhosamente na lapela, seria entre outros, um elo capaz, de unir, não só os homens, mas a vida, através da sensibilização e da compreensão desses valores que são universais, e que a própria Natureza contém e nos oferece, valores que nos envolvem e nos embalam, desde a ternura do berço, à escuridão da morte.
CULTURA? É isso mesmo. Vamos lá pensar nela, não naquela de que nos engordámos diariamente pela Internet, mas na outra; na verdadeira, na das gentes antigas, da sua memória, dos seus livros, tradições, experiências, daqueles que trouxeram isto até aqui, há milhares de anos...
Mas Cultura para quem, há que perguntar?
Quem a deseja? Quem a quer? Quem a apoia? Numa palavra, cultura para quê?
Será que em nome dela se fazem tropelias algumas das quais não lembram nem ao demónio?
Se calhar, e por isso mesmo é que as pessoas não acreditam nela, nem em muita outra coisa, e acreditam mais em empanturrar o cérebro e o corpo com lixo, porque o gozo é mais visivel e imediato...
E não é por acaso que há até governos que fazem vista grossa à miserável e à desgraçada...
Até já a despromoveram do estatuto a que tinha e sempre teve direito: o de ser um Ministério...
Bem hajam todos, pela demagogia ou talvez ignorância...e não só...
terça-feira, 19 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
O Fascínio da Demagogia
Se algo ao longo da vida me tem fascinado, é a demagogia.
Toda muito igual, muito subtil, muito intencional, por vezes ridícula.
Em nome de boas práticas, boas intenções e boas políticas, ilude-se os mais ignorantes, mais radicais, mais incrédulos ou mais fanáticos do palco da vida.
E é ver então a saída p'ra rua dos "Zés Pireiras", dos foguetórios, das homenagens, dos parlatórios.
E ver também os agentes "dessa coisa", recorrerendo ao subterfúgio, à comunicação social, ao discurso directo, fácil, quase sempre feito a desoras em grego ou latim , falando muito e não dizendo nada.
É a Democracia ou a demagogia no seu melhor! Ou não será a estupidez no seu melhor, conjugada com algumas doutrinas sofisticadas de Maquiável?
Mas o homo sapiens é isso mesmo. Engana-se permanentemente em proveito próprio ou de idéias e mitos, muitas delas absurdas.
E isto porquê?
Simplesmente porque ele (o homem), nem sabe o que veio cá fazer.
E o pior. Pensa que é o melhor artefacto da Criação.
Puro engano...
Toda muito igual, muito subtil, muito intencional, por vezes ridícula.
Em nome de boas práticas, boas intenções e boas políticas, ilude-se os mais ignorantes, mais radicais, mais incrédulos ou mais fanáticos do palco da vida.
E é ver então a saída p'ra rua dos "Zés Pireiras", dos foguetórios, das homenagens, dos parlatórios.
E ver também os agentes "dessa coisa", recorrerendo ao subterfúgio, à comunicação social, ao discurso directo, fácil, quase sempre feito a desoras em grego ou latim , falando muito e não dizendo nada.
É a Democracia ou a demagogia no seu melhor! Ou não será a estupidez no seu melhor, conjugada com algumas doutrinas sofisticadas de Maquiável?
Mas o homo sapiens é isso mesmo. Engana-se permanentemente em proveito próprio ou de idéias e mitos, muitas delas absurdas.
E isto porquê?
Simplesmente porque ele (o homem), nem sabe o que veio cá fazer.
E o pior. Pensa que é o melhor artefacto da Criação.
Puro engano...
segunda-feira, 11 de julho de 2011
E SE LUTÁSSEMOS POR ESTE SONHO?
Sabes qual o sonho de Franklin D. Roosvelt, para com a Horta, quando por ela passou em 1918, quando Secretário do Ministério da Marinha dos Estados Unidos?
Era, que essa pequena cidade, que o encantou, fosse o local previlegiado para a instalação da Sede das Nações Unidas, sonho que idealizou, mas que não conseguiu ver nascer, e que se concretizou mais tarde, numa outra grande cidade norte-americana
E se sonhássemos também nós com algo desse gênero, numa altura em que esta cidadezinha-, a Horta-, está cada vez mais no Centro do Mundo?
É uma idéia absurda, já se vê, mas que vale a pena ser pensada ...E reflectida.
E Roosvelt quem era? Um grande político e um ser humano incrível, que
tinha razão ao pensar assim, ele que idealizara esse sonho que se chamou mais tarde ONU.
É que aqui felizmente, tal como ontem, continuamos com mar para todos e mar por todos os lados, mar que nos liga, nos une... e às vezes até nos separa...
E esse mar é o Atlântico, o maior e mais cosmopolita de todos os rios do mundo, e em que as suas margens são as mais belas e mais povoadas desse mundo...tanto para Leste, como para Oeste.
Era, que essa pequena cidade, que o encantou, fosse o local previlegiado para a instalação da Sede das Nações Unidas, sonho que idealizou, mas que não conseguiu ver nascer, e que se concretizou mais tarde, numa outra grande cidade norte-americana
E se sonhássemos também nós com algo desse gênero, numa altura em que esta cidadezinha-, a Horta-, está cada vez mais no Centro do Mundo?
É uma idéia absurda, já se vê, mas que vale a pena ser pensada ...E reflectida.
E Roosvelt quem era? Um grande político e um ser humano incrível, que
tinha razão ao pensar assim, ele que idealizara esse sonho que se chamou mais tarde ONU.
É que aqui felizmente, tal como ontem, continuamos com mar para todos e mar por todos os lados, mar que nos liga, nos une... e às vezes até nos separa...
E esse mar é o Atlântico, o maior e mais cosmopolita de todos os rios do mundo, e em que as suas margens são as mais belas e mais povoadas desse mundo...tanto para Leste, como para Oeste.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
A Cabeça do Polvo e as agências de Rating
Já, e por diversas vezes, falámos na cabeça de um polvo: um polvo enigmático, que vai sugando o sangue dos mais pobretanas e Portugal está nesse triste e miserando lote. E esse polvo chama-se as agências de Rating.
Quem as comanda? A partir de que país?
Quem as autoriza a classificar tudo e todos como lixo.
Será que ninguém com responsabilidade vê ou viu isso? Ou não quer mesmo ver?
Com essa gente nunca se irá acabar com qualquer crise em qualquer parte deste ou do outro mundo, e isto enquanto houver um desgraçado euro para esmifrar...
Qual o governo ou o país soberano que dá guarida à mentalidade desse polvo? Porque não se o combate com as armas de que dispomos. Uma guerra económica? Ou uma guerra de sobrevivência económica que é também de sobrevivência real??
Meus senhores. O mundo está louco, todos o sabemos..Mas há quem dele se aproveite...à custa de muita barriga vazia.
Vivemos num sarcófago da abutres...e de loucos.
É que o verdadeiro lixo que se proclama, começa por essas agências...E na mira delas está o euro ...ou a tal UE que se calhar nunca foi bem aceite por alguns países que contemplam o seu próprio umbigo.
É caso para se dizer que a tal magia da UE foi talvez, um estrondoso fracasso...
E é caso também para se gritar a plenos pulmões, que os abutres ladram mas a caravana passa...ou passará...
Quem as comanda? A partir de que país?
Quem as autoriza a classificar tudo e todos como lixo.
Será que ninguém com responsabilidade vê ou viu isso? Ou não quer mesmo ver?
Com essa gente nunca se irá acabar com qualquer crise em qualquer parte deste ou do outro mundo, e isto enquanto houver um desgraçado euro para esmifrar...
Qual o governo ou o país soberano que dá guarida à mentalidade desse polvo? Porque não se o combate com as armas de que dispomos. Uma guerra económica? Ou uma guerra de sobrevivência económica que é também de sobrevivência real??
Meus senhores. O mundo está louco, todos o sabemos..Mas há quem dele se aproveite...à custa de muita barriga vazia.
Vivemos num sarcófago da abutres...e de loucos.
É que o verdadeiro lixo que se proclama, começa por essas agências...E na mira delas está o euro ...ou a tal UE que se calhar nunca foi bem aceite por alguns países que contemplam o seu próprio umbigo.
É caso para se dizer que a tal magia da UE foi talvez, um estrondoso fracasso...
E é caso também para se gritar a plenos pulmões, que os abutres ladram mas a caravana passa...ou passará...
domingo, 3 de julho de 2011
A CONCORRÊNCIA
É o que está faltando na Ilha do Faial. A anterior "grande superficie" de nome Modelo, e que deu um golpe de misericordia no pequeno comércio local, virou "Continente". Mas as melhorias ainda não se fizeram sentir. Muito pelo contrário. Tudo anda uma bagunça...Faltam artigos de uso quotidiano, como o frango mal grelhado, que desenrascava. Com tanta propaganda e com tanto alarido , (tal qual o país e o mundo) vai tudo de mal a pior...Criou-se a super mentalidade do marketing, do anuncio provinciano televisivo, do encantamento dos anos sessenta, made in USA, do dolce far niente, do foguetório aleatório, mas vivemos um atraso de vida...
É caso para se dizer, onde está a concorrência que tanta falta está fazendo? Mesmo com estes governos bem à direita empenhados em tudo privatizar...
E é caso também para se dizer, que estamos afastados pelo menos mil e seiscentos quilómetros de qualquer pedaço de mundo. Ou quem sabe se não serão muitos mais...?
Já dissemos certa vez num jornal que morreu depois de cem anos de vida, que ilhas só para passar o Verão...e quando há sol o que escasseia...
O pior é que nem sequer o tal Verão aparece ou alguma vez se calhar, irá aparecer, seguindo este itinerário a que estamos impávidos a assistir...
É caso para se dizer, onde está a concorrência que tanta falta está fazendo? Mesmo com estes governos bem à direita empenhados em tudo privatizar...
E é caso também para se dizer, que estamos afastados pelo menos mil e seiscentos quilómetros de qualquer pedaço de mundo. Ou quem sabe se não serão muitos mais...?
Já dissemos certa vez num jornal que morreu depois de cem anos de vida, que ilhas só para passar o Verão...e quando há sol o que escasseia...
O pior é que nem sequer o tal Verão aparece ou alguma vez se calhar, irá aparecer, seguindo este itinerário a que estamos impávidos a assistir...
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Hellas! Deixaram de Mentir!!!
O grande mentiroso era o Sócrates. Porque habilmente escondia a miséria em que todos nós nos encontrávamos. E quando digo nós, digo todos nós, não excluindo grande parte dos países europeus e os do outro lado do Atlântico-, o antigo El Dorado americano incluído. Só um papalvo é que não via isso.
Eis que vem outro governo confortavelmente votado pelo povo (o nosso povo, o mesmo que votou Salazar como o melhor portugues de sempre...), e que ainda em campanha eleitoral, dizia que mexer nos impostos (?), nem pensassem...
Ora o resultado chegou depressa: apanhou votos.
E o outro resultado veio a seguir: mexeu neles logo nos primeiros dias da governação.
Conclusão: Mais sério, mais optimista e mais prático, ainda não vi..
Agora de mais mentiroso pelo menos, ninguém o livra...
É caso para dizer: Hellas!Os políticos deixaram de mentir!
Eis que vem outro governo confortavelmente votado pelo povo (o nosso povo, o mesmo que votou Salazar como o melhor portugues de sempre...), e que ainda em campanha eleitoral, dizia que mexer nos impostos (?), nem pensassem...
Ora o resultado chegou depressa: apanhou votos.
E o outro resultado veio a seguir: mexeu neles logo nos primeiros dias da governação.
Conclusão: Mais sério, mais optimista e mais prático, ainda não vi..
Agora de mais mentiroso pelo menos, ninguém o livra...
É caso para dizer: Hellas!Os políticos deixaram de mentir!
sábado, 18 de junho de 2011
Escrever? Ou Traduzir?
Isto vem a respeito das declarações de uma concorrente no programa "De Quem Quer Ser Milionário".
O Super Malato, o ursinhão, como ele próprio se intitula, ao referir-se a publicações, livros mais concretamente, dizia, e com certa razão, que nunca se publicaram tantos como agora em Portugal. É uma verdade.
E a tal concorrente não se ficou por aí e logo acrescentou : que os bons, raramente encontravam editor. E que o mundo do livro, (editores, distribuidores, livreiros etc. etc. ), era, e é um mundo nubloso... às vezes maquiavélico. São eles os sorvedouros do negócio, de um negócio em que o autor, perdendo muitas vezes anos de trabalho, é quem menos ganha e a personalidade sempre pronta a dar boleias...E porque é artista, fecha os olhos ao dinheiro.
Até nisso Portugal não é só um país de brandos costumes. É também um país de hipocrisia e de oportunismo.
Afinal e melhor pensando, por onde andam os bons livros, romances sobretudo ou quaisquer outros de outro gênero literário?
Quem os escreve? Para quê e para quem?
É por isso que as tais editoras, levam a vida a importar criatividade, (?), como se isso fosse possível , por vezes transfigurando-a em traduções apressadas....
É a democracia também ela, a dar um sinal duvidoso, doloroso e menos positivo. Ou não será mesmo oportunismo?
Apetece seguir as pisadas de Miguel Torga que, enquanto vivo, nunca recorreu a esse status.
Toda a sua obra foi de edição de autor...E aí está para a quem a quiser apreciar...
Ou não será melhor perguntar a esses senhores, se valerá a pena escrever, ou antes, fazer greve à escrita, como se faz com tanta outra coisa... que vai por aí grassando?!
O Super Malato, o ursinhão, como ele próprio se intitula, ao referir-se a publicações, livros mais concretamente, dizia, e com certa razão, que nunca se publicaram tantos como agora em Portugal. É uma verdade.
E a tal concorrente não se ficou por aí e logo acrescentou : que os bons, raramente encontravam editor. E que o mundo do livro, (editores, distribuidores, livreiros etc. etc. ), era, e é um mundo nubloso... às vezes maquiavélico. São eles os sorvedouros do negócio, de um negócio em que o autor, perdendo muitas vezes anos de trabalho, é quem menos ganha e a personalidade sempre pronta a dar boleias...E porque é artista, fecha os olhos ao dinheiro.
Até nisso Portugal não é só um país de brandos costumes. É também um país de hipocrisia e de oportunismo.
Afinal e melhor pensando, por onde andam os bons livros, romances sobretudo ou quaisquer outros de outro gênero literário?
Quem os escreve? Para quê e para quem?
É por isso que as tais editoras, levam a vida a importar criatividade, (?), como se isso fosse possível , por vezes transfigurando-a em traduções apressadas....
É a democracia também ela, a dar um sinal duvidoso, doloroso e menos positivo. Ou não será mesmo oportunismo?
Apetece seguir as pisadas de Miguel Torga que, enquanto vivo, nunca recorreu a esse status.
Toda a sua obra foi de edição de autor...E aí está para a quem a quiser apreciar...
Ou não será melhor perguntar a esses senhores, se valerá a pena escrever, ou antes, fazer greve à escrita, como se faz com tanta outra coisa... que vai por aí grassando?!
quinta-feira, 16 de junho de 2011
O GOVERNO
Este Governo vai ser sério, é o que diz Coelho, o novo indigitado a PM pelo PR. Isto quer dizer que há governos que não são sérios. E seguindo o mesmo raciocinio, conclue-se que há políticos que também comungam da mesma marca. A seriedade afinal, é como a água benta - cada qual toma-a a seu gosto.
Neste dealbar de milênio, há vários Coelhos na política. Qual deles o melhor? Será o da Madeira qua tanto ama o Jardim?
Antigamente eram os Costas. Acabaram-se os Costas, como o Gomes da Costa ou o Costa Gomes.
Todos muito bonzinhos e muito iguaisinhos...
Quanto a Coelhos: quem os tira da cartola?
A ver vamos. O rapaz já diz que vai ser dificil a caminhada...
Preparando o terreno?
Qual carapuça! Para ele, e talvez para os amigalhaços, que sempre os há, nem tanto.
Agora para quem não tem trabalho, ou melhor ordenado, (trabalho não, porque trabalho não falta), ...vai ser duro. Mas isto não é novidade para ninguém, nem sequer para um surdo-mudo...
Que Deus nos, (e o ajude), porque até os agnósticos e os ateus vão ter de a Ele recorrer... e pedir-lhe, talvez esmola...
Neste dealbar de milênio, há vários Coelhos na política. Qual deles o melhor? Será o da Madeira qua tanto ama o Jardim?
Antigamente eram os Costas. Acabaram-se os Costas, como o Gomes da Costa ou o Costa Gomes.
Todos muito bonzinhos e muito iguaisinhos...
Quanto a Coelhos: quem os tira da cartola?
A ver vamos. O rapaz já diz que vai ser dificil a caminhada...
Preparando o terreno?
Qual carapuça! Para ele, e talvez para os amigalhaços, que sempre os há, nem tanto.
Agora para quem não tem trabalho, ou melhor ordenado, (trabalho não, porque trabalho não falta), ...vai ser duro. Mas isto não é novidade para ninguém, nem sequer para um surdo-mudo...
Que Deus nos, (e o ajude), porque até os agnósticos e os ateus vão ter de a Ele recorrer... e pedir-lhe, talvez esmola...
quarta-feira, 15 de junho de 2011
O QUE NOS RESTA
O relativo insucesso das religiões, é o estado a que chegámos. Cada vez mais o homem é o grande predador de si e do universo ...Mas (elas) as religiões, têm ainda um peso enorme, e talvez um papel importante, na vida quotidiana e na vivência da condição humana.
Podem até ser, em alguns casos, o barómetro da própria sociedade e da sua cultura.
É tempo de Pentecostes. É tempo de falar de Espírito Santo. E falar de Espirito Santo, é falar de partilha e de dádiva. É falar do frade calabrez Joaquim de Fiore e de Francisco de Assis - il povorelle, o Santo da Natureza. De Alguém que deu outra dimensão ao cristianismo, porque deu tudo, renovando-o, e exorcisando a Terra como lugar de dor e expiação para remissão de pecados. Alguém que trazendo a divindade para a rua, chamou pela primeira vez a atenção do mundo para a grande realidade que é a criação e a vida, e que essa vida, toda ela merece ser respeitada e mais do que isso, amada. E que despojar-se, é partilhar, e é dar-se...
Assim foi a sua génese. Assim deverá ser a sua continuidade.
Infima parcela dessa Grande Obra e desse imenso e Eterno Infinito, o homem cada vez precisa repensar a sua caminhada, o Espirito Santo, e a mais íntima concepção de Fiore e de Assis.
Ao fim de um milênio, aqui pelos Açores, santuário dessa quimera - igualdade, fraternidade, partilha - resta-nos apenas as sopas do Espírito Santo...
Pena haver algum aproveitamento...
Mas se for para assegurar essa continuidade, que o mafarrico não nos leve mais...
Afinal de contas, também eu gosto das sopas, quando bem confeccionadas, claro...
Podem até ser, em alguns casos, o barómetro da própria sociedade e da sua cultura.
É tempo de Pentecostes. É tempo de falar de Espírito Santo. E falar de Espirito Santo, é falar de partilha e de dádiva. É falar do frade calabrez Joaquim de Fiore e de Francisco de Assis - il povorelle, o Santo da Natureza. De Alguém que deu outra dimensão ao cristianismo, porque deu tudo, renovando-o, e exorcisando a Terra como lugar de dor e expiação para remissão de pecados. Alguém que trazendo a divindade para a rua, chamou pela primeira vez a atenção do mundo para a grande realidade que é a criação e a vida, e que essa vida, toda ela merece ser respeitada e mais do que isso, amada. E que despojar-se, é partilhar, e é dar-se...
Assim foi a sua génese. Assim deverá ser a sua continuidade.
Infima parcela dessa Grande Obra e desse imenso e Eterno Infinito, o homem cada vez precisa repensar a sua caminhada, o Espirito Santo, e a mais íntima concepção de Fiore e de Assis.
Ao fim de um milênio, aqui pelos Açores, santuário dessa quimera - igualdade, fraternidade, partilha - resta-nos apenas as sopas do Espírito Santo...
Pena haver algum aproveitamento...
Mas se for para assegurar essa continuidade, que o mafarrico não nos leve mais...
Afinal de contas, também eu gosto das sopas, quando bem confeccionadas, claro...
domingo, 12 de junho de 2011
INCOERÊNCIA ATÉ NA COLIGAÇÃO
Incoerência até na coligação de governo.
Numa situação como a actual, não seria conveniente uma aliança de goveno mais abrangente, incluindo o próprio partido da anterior governação?
Parece-me que à partida, há falta de lucidez política para ultrapassar a crise que é enorme.
Isto até um cego. nota claramente.
Mais uma portuguesice ou uma politiquice, que se calhar vamos ter de pagar.
Ou será mesmo um capricho e falta de bom senso?
Numa situação como a actual, não seria conveniente uma aliança de goveno mais abrangente, incluindo o próprio partido da anterior governação?
Parece-me que à partida, há falta de lucidez política para ultrapassar a crise que é enorme.
Isto até um cego. nota claramente.
Mais uma portuguesice ou uma politiquice, que se calhar vamos ter de pagar.
Ou será mesmo um capricho e falta de bom senso?
quarta-feira, 8 de junho de 2011
TENHO QUE DIZER ISTO
Cada vez menos me orgulho do que fomos e do que somos.
Como obra, para além da língua e talvez dos descobrimentos, pouco mais nos resta para nos orgulharmos, a não ser um certo desenrascanso, aprendido e apreendido com a dificuldade e uma misceginação vindo do norte de África e de outras bandas remotas, que nos trouxeram um certo espírito fatalista e um modo saudosista de viver...O fado e outras quinquilharias vêm daí...
Há quem consiga pintar melhor essa história que apesar de tudo admiro, mas reconheço que não trouxe muito ao presente, nem à nossa mentalidade e forma de encarar a vida...
Patriotismo?! Talvez...
Mas os Açores têm a sua própria história recheada de muitas incongruências e continuam à margem de muita coisa...Por parte da mãe ou da madrasta...a mil e seiscentos quilómetros de distância.
Valerá a pena falar-se em ser português? Sim! Mas dos Açores...
Apenas, e que eu saiba, um homem da política deu por isso. E ele chama-se Sócrates.
Apesar de não ter concordado com tudo o que ele fez, presto-lhe aqui a minha sincera e pública homenagem.
Foi o único que viu os Açores como um arquipéllago com nove ilhas, e não com duas, como a Madeira. Que retirou aos politicos algumas das regalias que ninguém ousava mexer. E muitas outras coisas... Estou a lembrar-me de que apenas oito anos apens davam direito ao descanso, às vezes também eles de descanso...Medidas dessas não agradam a toda a gente...
Daí o ódio do leque partidário, desde a direita revanchista, a uma esquerda incoerente e inadequeda.
Mas o portuga é assim mesmo: incoerente. Agride e trata mal quem não deve e paparica quem não merece... E às vezes é até ingrato...
Bem haja quem ajudou a fazer tal justiça...
Como obra, para além da língua e talvez dos descobrimentos, pouco mais nos resta para nos orgulharmos, a não ser um certo desenrascanso, aprendido e apreendido com a dificuldade e uma misceginação vindo do norte de África e de outras bandas remotas, que nos trouxeram um certo espírito fatalista e um modo saudosista de viver...O fado e outras quinquilharias vêm daí...
Há quem consiga pintar melhor essa história que apesar de tudo admiro, mas reconheço que não trouxe muito ao presente, nem à nossa mentalidade e forma de encarar a vida...
Patriotismo?! Talvez...
Mas os Açores têm a sua própria história recheada de muitas incongruências e continuam à margem de muita coisa...Por parte da mãe ou da madrasta...a mil e seiscentos quilómetros de distância.
Valerá a pena falar-se em ser português? Sim! Mas dos Açores...
Apenas, e que eu saiba, um homem da política deu por isso. E ele chama-se Sócrates.
Apesar de não ter concordado com tudo o que ele fez, presto-lhe aqui a minha sincera e pública homenagem.
Foi o único que viu os Açores como um arquipéllago com nove ilhas, e não com duas, como a Madeira. Que retirou aos politicos algumas das regalias que ninguém ousava mexer. E muitas outras coisas... Estou a lembrar-me de que apenas oito anos apens davam direito ao descanso, às vezes também eles de descanso...Medidas dessas não agradam a toda a gente...
Daí o ódio do leque partidário, desde a direita revanchista, a uma esquerda incoerente e inadequeda.
Mas o portuga é assim mesmo: incoerente. Agride e trata mal quem não deve e paparica quem não merece... E às vezes é até ingrato...
Bem haja quem ajudou a fazer tal justiça...
segunda-feira, 6 de junho de 2011
O PAÍS? OU O MUNDO QUE TEMOS?
Cada vez mais me convenço, de que a loucura atingiu fatal e finalmente o homo sapiens e deu-lhe a volta à moleirinha.
Pedem-se alvísseras.Quem nos acode. Ela (loucura), anda aí à solta e por todo o lado. Nos campos de futebol, nas arruadas políticas, nas auto estradas, nos Médios e Extremos Orientes, onde as bombas são atadas aos seios e à púbis dos adolescentes. Mata-se e depois morre-se. Ou melhor, morre-se e depois mata-se. À porta dos cafés e dos cinemas. E depois o regalo: vê-se tudo e o que mais houver em horário nobre na TV, numa esplanada apinhada ou no remanso de casa com o lulu por perto.
Enganem-se porque o regabofe ainda mal começou....
Isto vem a respeito do momento que se vive em Portugal de eleições.
Porquê e para quê? Quem vai governar? Quem e o quê, num país em que a direita e a esquerda (por vezes extrema) se entenderam bizarramente para derrubar um governo de centro? Sede de poder?
Aí entraram pela certa, os interesses de campanário ou as paixões pueris dos futebóis políticos.
Isto prova que vivemos e atulhámo-nos cada vez mais na gula do erro, individual e colectivo.
Grandes, só em orelhas quando elas são pronúncio de longevidade, não quando significam uma descendência pouco abonatória de algum muar teimoso, mas se calhar mais inteligente? Isto não senhor!
O portuga necessita de facto de um D Sebastião. De um Bandarra ou de um Quinto Império. Ou até de um D Quixote. Ou será que de uma direita política capaz de lembrar velhos e incrustados tempos?
Ou não será apenas de usar melhor a cabeça e o meio termo com maior lucidez?
Safa que estou envergonhado. E pensando mesmo a sério, se valerá a pena ser português?
Um país que abandona cães e velhos? Votar para quê e em quem? Para continuar na mesma?
Sabem uma coisa?
A obesidade é a maior doença e a causa maior de morte do século isto numa altura em que morrem também milhares de pessoas diariamante...mas (helas!), à fome ou de subnutrição. E pior: à sede...
Pedem-se alvísseras.Quem nos acode. Ela (loucura), anda aí à solta e por todo o lado. Nos campos de futebol, nas arruadas políticas, nas auto estradas, nos Médios e Extremos Orientes, onde as bombas são atadas aos seios e à púbis dos adolescentes. Mata-se e depois morre-se. Ou melhor, morre-se e depois mata-se. À porta dos cafés e dos cinemas. E depois o regalo: vê-se tudo e o que mais houver em horário nobre na TV, numa esplanada apinhada ou no remanso de casa com o lulu por perto.
Enganem-se porque o regabofe ainda mal começou....
Isto vem a respeito do momento que se vive em Portugal de eleições.
Porquê e para quê? Quem vai governar? Quem e o quê, num país em que a direita e a esquerda (por vezes extrema) se entenderam bizarramente para derrubar um governo de centro? Sede de poder?
Aí entraram pela certa, os interesses de campanário ou as paixões pueris dos futebóis políticos.
Isto prova que vivemos e atulhámo-nos cada vez mais na gula do erro, individual e colectivo.
Grandes, só em orelhas quando elas são pronúncio de longevidade, não quando significam uma descendência pouco abonatória de algum muar teimoso, mas se calhar mais inteligente? Isto não senhor!
O portuga necessita de facto de um D Sebastião. De um Bandarra ou de um Quinto Império. Ou até de um D Quixote. Ou será que de uma direita política capaz de lembrar velhos e incrustados tempos?
Ou não será apenas de usar melhor a cabeça e o meio termo com maior lucidez?
Safa que estou envergonhado. E pensando mesmo a sério, se valerá a pena ser português?
Um país que abandona cães e velhos? Votar para quê e em quem? Para continuar na mesma?
Sabem uma coisa?
A obesidade é a maior doença e a causa maior de morte do século isto numa altura em que morrem também milhares de pessoas diariamante...mas (helas!), à fome ou de subnutrição. E pior: à sede...
segunda-feira, 30 de maio de 2011
VIOLÊNCIA
Faz já uns anitos, que no jornal de saudosa memória "O Telégrafo", escrevi um artiguelho que se intitulava "À paulada é que a gente se entende". Era uma pequena "rábula" a criticar a violência contra pessoas e contra os animais e como era encarada essa violência pela justiça e pelas leis vigentes na altura.
Era sobretudo dirigida às autoridades e aos adultos, sobretudo aos mais envenenados pelas vicissitudes da vida.
O que agora vejo, e infelizemte, é que são os jovens os que pegaram melhor no testemunho e são e cada vez mais, os paladinos dessa violência.
Que diabo lhes passou pela cabeça? Que são e vão ser sempre "inimputaéveis", um palavrão que no meu entender e no meu tempo não se conhecia, porque se fazíamos alguma cabulice ou algo de errado, alguém tinha de ser chamado à pedra ou pagar por isso.
Os nossos velhotes é que lá iam quase sempre bater sola ou sentar-se com o tutu no banco dos réus, como aconteceu tantas vezes...
Não é justo restabelecer-se este "status", nem é medida aconselhável ou aceitável, mas deixar correr o marfim como está, não pode ser.
Quando e como vamos acabar com essa loucura?
Facadas, pontapés?...Que mais falta?
Há que avaliar e responsabilizar as pessoas. Rever as leis e ajustar as idades, e responsabilizar...E chamar à pedra os prevericadores.
Assim é que não pode ser.
Ou então vamos todos andar à paulada...
Será mesmo a solução...?
Era sobretudo dirigida às autoridades e aos adultos, sobretudo aos mais envenenados pelas vicissitudes da vida.
O que agora vejo, e infelizemte, é que são os jovens os que pegaram melhor no testemunho e são e cada vez mais, os paladinos dessa violência.
Que diabo lhes passou pela cabeça? Que são e vão ser sempre "inimputaéveis", um palavrão que no meu entender e no meu tempo não se conhecia, porque se fazíamos alguma cabulice ou algo de errado, alguém tinha de ser chamado à pedra ou pagar por isso.
Os nossos velhotes é que lá iam quase sempre bater sola ou sentar-se com o tutu no banco dos réus, como aconteceu tantas vezes...
Não é justo restabelecer-se este "status", nem é medida aconselhável ou aceitável, mas deixar correr o marfim como está, não pode ser.
Quando e como vamos acabar com essa loucura?
Facadas, pontapés?...Que mais falta?
Há que avaliar e responsabilizar as pessoas. Rever as leis e ajustar as idades, e responsabilizar...E chamar à pedra os prevericadores.
Assim é que não pode ser.
Ou então vamos todos andar à paulada...
Será mesmo a solução...?
segunda-feira, 16 de maio de 2011
A Maratona
A classe política portuguesa anda em rodopio e mais uma eleição à vista, faz redobrar esse rodopio que se converteu em diversão.
Há tambores, zés Pereiras, pandeiros, adufos e parlatórios.
O país está a ficar cansado, esgotado. E o pior: teso, sem dinheiro...
mas (helas!), alegre, bem disposto, e pronto para fazer festas e festanças.
Zangaram-se as comadres, dizem-se algumas verdades, e muitas mentiras. Mas uma mentira repetida, torna-se verdade...Uma fatalidade portuguesa, essa das mentiras... apenas mais uma....
Agora o que mais me surpreende e impressdiona é a vontade dessa gente querer para lá ir aquecer o poleiro, embora sabendo-se que o poder alicia muita gente...mesmo tenebroso como está.
Mas, francamente, como podem estar assim satisfeitos? E passeando? E saltitando de um lado para o outro, com a garganta e a lingua tão bem afinadas... e afiadas?
É caso para dizer: muito bem falava Zaratrusta...
Ou que o malogrado Nietzsche, talvez tivesse razão...
Há tambores, zés Pereiras, pandeiros, adufos e parlatórios.
O país está a ficar cansado, esgotado. E o pior: teso, sem dinheiro...
mas (helas!), alegre, bem disposto, e pronto para fazer festas e festanças.
Zangaram-se as comadres, dizem-se algumas verdades, e muitas mentiras. Mas uma mentira repetida, torna-se verdade...Uma fatalidade portuguesa, essa das mentiras... apenas mais uma....
Agora o que mais me surpreende e impressdiona é a vontade dessa gente querer para lá ir aquecer o poleiro, embora sabendo-se que o poder alicia muita gente...mesmo tenebroso como está.
Mas, francamente, como podem estar assim satisfeitos? E passeando? E saltitando de um lado para o outro, com a garganta e a lingua tão bem afinadas... e afiadas?
É caso para dizer: muito bem falava Zaratrusta...
Ou que o malogrado Nietzsche, talvez tivesse razão...
domingo, 1 de maio de 2011
1º de Maio. Dia dos Trabalhadores?!
Bonito, este nome.Quem os viu e quem os vê?
Onde estão? Alguém os viu ultimamente?
Ora, isto de discursos, é como se de água benta se tratasse: cada qual toma-a a seu gosto e a seu geito.
Agora, não me digam que o exemplo se dá dessa forma ridicula, quer nas tribunas improvisadas, quer nas arruadas mais indiscretas ou até nos arreópagos mais selectivos e sedutores.
Os exemplos fazem-se caminhando, de forma menos exuberante e mais humilde: pega-se na sachola e vai-se até ao quintalinho semear (ou plantar) umas batatinhas...
Olhem! E se não quiserem sujar as mãos, recomendo-lhes umas luvas.
Há delas para todos os gostos, preços e feitios...Nos hipermercados, abertos agora nos dias feriados e santificados...todo o santo dia...
Onde estão? Alguém os viu ultimamente?
Ora, isto de discursos, é como se de água benta se tratasse: cada qual toma-a a seu gosto e a seu geito.
Agora, não me digam que o exemplo se dá dessa forma ridicula, quer nas tribunas improvisadas, quer nas arruadas mais indiscretas ou até nos arreópagos mais selectivos e sedutores.
Os exemplos fazem-se caminhando, de forma menos exuberante e mais humilde: pega-se na sachola e vai-se até ao quintalinho semear (ou plantar) umas batatinhas...
Olhem! E se não quiserem sujar as mãos, recomendo-lhes umas luvas.
Há delas para todos os gostos, preços e feitios...Nos hipermercados, abertos agora nos dias feriados e santificados...todo o santo dia...
sexta-feira, 29 de abril de 2011
CABEÇAS COROADAS
Quem ocasionalmente se aventurar a abrir hoje a pequena caixinha de surpresas que revolucionou o mundo, sentir-se-a aturdido com o casamento do século: o de William and Kate.
Tanta realeza e tanta festança. Poderá até pensar-se, em fausto, fantasia, loucura ou se calhar, estupidez.
Que se pretende com tudo isto? Branquear a vida? Ou branquear simplesmente as cabeças mais coroadas desta Europa a várias velocidades? Isto num mundo que elegeu o cepticismo como parceiro privilegiado do dia-a-dia. E com certa razão.
É ver o panorama dos sem terra e dos sem pão. Dos famintos, dos deserdados. Dos que não têm uma codea...para roer...
Falar-lhes em perucas, ou de condes e de barões, de palácios encantados, e de primeiras damas, ou de frondosas caudas de vestidos nupciais de quinze metros, é no minímo, um exercício de incongruência bem ridiculo. Mais do que isso: escandaloso.
No entanto, parabens e felicidades aos jovens noivos. Coitados. Não têm culpa da palhaçada de que são alvo e estão a protagonizar...
A TV e os Media que o digam...Ganha-se dinheiro com isso...
É caso para dizer: God save de King.
E já agora, the Queen, mesmo velhinha como está...
Tanta realeza e tanta festança. Poderá até pensar-se, em fausto, fantasia, loucura ou se calhar, estupidez.
Que se pretende com tudo isto? Branquear a vida? Ou branquear simplesmente as cabeças mais coroadas desta Europa a várias velocidades? Isto num mundo que elegeu o cepticismo como parceiro privilegiado do dia-a-dia. E com certa razão.
É ver o panorama dos sem terra e dos sem pão. Dos famintos, dos deserdados. Dos que não têm uma codea...para roer...
Falar-lhes em perucas, ou de condes e de barões, de palácios encantados, e de primeiras damas, ou de frondosas caudas de vestidos nupciais de quinze metros, é no minímo, um exercício de incongruência bem ridiculo. Mais do que isso: escandaloso.
No entanto, parabens e felicidades aos jovens noivos. Coitados. Não têm culpa da palhaçada de que são alvo e estão a protagonizar...
A TV e os Media que o digam...Ganha-se dinheiro com isso...
É caso para dizer: God save de King.
E já agora, the Queen, mesmo velhinha como está...
domingo, 24 de abril de 2011
Lembras-te disto?! Se não, toma lá !
Cheguei a este mundo, num desavindo e desvairado camarote, de avelhentada nave espacial de terceira classe.
Adávamos por essa altura em meados dos anos trinta do século passado.
Aqui pelos Açores, vestia-se o que calhava. Havia uns felizerdos ( poucos?), que se entretinham a receber os saquinhos com as roupas da América, com um cheiro tão caracteristico que ganhou memória, encontradas talvez no Salvation Army ou nalgum outro e recatado caixote de lixo ao virar da esquina. Mas isto era oiro sobre azul...
Comia-se muito mal. A linguiça e os ovos eram os pratos, não direi favoritos, nem de referência, mas de resistência. A primeira, porque o anafado e pachorrento porco, era o mealheiro, o grande companheiro e o amigo da rotina da vida, que se alimentava tácita e pobremente dos miserandos restos que sobravam do dia-a-dia e (helas!), a subsistência certa, inevitável e possível, depois de levar a naifada no pescoço...
Galinha? Esta aparecia em dias festivos (nem sempre). e era garroteada a preceito em ambiente familiar...e recatado...
Já por essa altura os sacrifícios e os sarcófagos, ou melhor esses sacrificios, muito me impressionavam.
Porquê as galinhas? Ou as vacas, essas até sacrificadas alegremente com direito a despojos de exposição, nas festas ao Divino? Ou até os cordeirinhos, esses tão exaltados na doce e inigmática linguagem biblica judaico-cristã?
Imolados? Era isso. Mesmo sem qualquer culpa formada, a não ser a que lhe conferia da obrigação ou do direito de virem a este mundo, pela mesma Mão...a que cá nos colocou ...
Tudo isto fo-me moldando, modelando e dando uma percepção mais curiosa e activa da vida e da forma como a encarámos e vivemos.
E a conclusão veio mais cedo do que se supunha: vivemos sacrificando tudo o que nos rodeia e não só...
Incluindo, vejam só , o nosso semelhante...
Mesmo rodeados de religiões por todos os lados... até por cima...
Adávamos por essa altura em meados dos anos trinta do século passado.
Aqui pelos Açores, vestia-se o que calhava. Havia uns felizerdos ( poucos?), que se entretinham a receber os saquinhos com as roupas da América, com um cheiro tão caracteristico que ganhou memória, encontradas talvez no Salvation Army ou nalgum outro e recatado caixote de lixo ao virar da esquina. Mas isto era oiro sobre azul...
Comia-se muito mal. A linguiça e os ovos eram os pratos, não direi favoritos, nem de referência, mas de resistência. A primeira, porque o anafado e pachorrento porco, era o mealheiro, o grande companheiro e o amigo da rotina da vida, que se alimentava tácita e pobremente dos miserandos restos que sobravam do dia-a-dia e (helas!), a subsistência certa, inevitável e possível, depois de levar a naifada no pescoço...
Galinha? Esta aparecia em dias festivos (nem sempre). e era garroteada a preceito em ambiente familiar...e recatado...
Já por essa altura os sacrifícios e os sarcófagos, ou melhor esses sacrificios, muito me impressionavam.
Porquê as galinhas? Ou as vacas, essas até sacrificadas alegremente com direito a despojos de exposição, nas festas ao Divino? Ou até os cordeirinhos, esses tão exaltados na doce e inigmática linguagem biblica judaico-cristã?
Imolados? Era isso. Mesmo sem qualquer culpa formada, a não ser a que lhe conferia da obrigação ou do direito de virem a este mundo, pela mesma Mão...a que cá nos colocou ...
Tudo isto fo-me moldando, modelando e dando uma percepção mais curiosa e activa da vida e da forma como a encarámos e vivemos.
E a conclusão veio mais cedo do que se supunha: vivemos sacrificando tudo o que nos rodeia e não só...
Incluindo, vejam só , o nosso semelhante...
Mesmo rodeados de religiões por todos os lados... até por cima...
quinta-feira, 21 de abril de 2011
QUE BOM!
Sou levado a pensar, que mesmo tocados pelo estigma da crise ou da bondade, somos pródigos, em muita e muita coisa... Ora se não, vejamos: são os feriados, as pontes, os dias pios, os santos, os santificados...
É ver como o pais pára, impávido e sereno, quase uma semana, para assistir às exéquias da Semana Santa... Superior e mais ortodoxo, só mesmo no reino das Filipinas...
Diz-se que são uns quantos milhões que se perdem, (fala-se de 20, só na tolerância de ponto). E em 650
em cada dia que passsa...sem trabalho. E as pontes rondam os 850 milhões...
Oxalá que os finlandeses não se apercebam disso. Nem o FMI.
Afinal como é bom ser cristão, neste jardim de brandos costumes à beira-mar plantado...
Ou não ser, e fazer de conta de que se é...Porque afinal, e bem vistas as coisas, também dá no mesmo...
É ver como o pais pára, impávido e sereno, quase uma semana, para assistir às exéquias da Semana Santa... Superior e mais ortodoxo, só mesmo no reino das Filipinas...
Diz-se que são uns quantos milhões que se perdem, (fala-se de 20, só na tolerância de ponto). E em 650
em cada dia que passsa...sem trabalho. E as pontes rondam os 850 milhões...
Oxalá que os finlandeses não se apercebam disso. Nem o FMI.
Afinal como é bom ser cristão, neste jardim de brandos costumes à beira-mar plantado...
Ou não ser, e fazer de conta de que se é...Porque afinal, e bem vistas as coisas, também dá no mesmo...
terça-feira, 19 de abril de 2011
MÉDICOS A MAIS?
Já vão quase duas décadas. Uma senhora Ministra da Saúde muito conceituada no tempo, disse da sua justiça: havia médicos a mais. Era preciso fechar Faculdades de Medicina. Lembro-me muito bem de que houve quem andasse com as calças na mão. Então? E os cinco e seis anos que andámos para aqui a malhar ? E aqueles lindinhos cadernos de Anatomia? Que custavam um dinheirão e muitos anos para por na cachola?
Não! Não havia mais nada para ninguém...
Houve quem quisesse ver naquilo uma birra. Outros, uma tremenda estupidez. Então? Não havia país nenhum que se gabasse de que tinha médicos a mais. Mas nós, os portugueses, tinhamos . " Só que, o haver havia, agora é que já não há". Até parece o slogan do canalizador do gaz...isto numa Europa que se queria a zero velocidades...
E a solução ao fim destes anos todos aí está: médicos espanhóis por todo o lado...
E agora, que já não chegam, vêm-nos da Colômbia. Qualquer dia, do Saara. Nada tenho contra esses profissionais, são sempre bemvindos desde que sejam competentes, mas vejam ao que isto chegou. Recusavam-se naquela altura candidatos com médias de quase vinte valores para entrar em Medicina...
Quantas expectativas frustradas? Quantas perdas e quantos danos?
E ninguém se responsabiliza ou responsabiliza, quem tanta culpa teve nesse cartório...Será que a memória é curta? Ou convirá que assim seja?
É preciso não esquecer que um desses profissionais leva no minimo quatorze ou quinze anos a lá chegar...
É altura de responsabilidades, de pedir responsabilidades também aos políticos, mas o que se nota é exactamente o contrário. Arranjam-se-lhes quase sempre um final feliz e boas pousadas para sonhar...e ganhar bem a vidinha...
Não! Não havia mais nada para ninguém...
Houve quem quisesse ver naquilo uma birra. Outros, uma tremenda estupidez. Então? Não havia país nenhum que se gabasse de que tinha médicos a mais. Mas nós, os portugueses, tinhamos . " Só que, o haver havia, agora é que já não há". Até parece o slogan do canalizador do gaz...isto numa Europa que se queria a zero velocidades...
E a solução ao fim destes anos todos aí está: médicos espanhóis por todo o lado...
E agora, que já não chegam, vêm-nos da Colômbia. Qualquer dia, do Saara. Nada tenho contra esses profissionais, são sempre bemvindos desde que sejam competentes, mas vejam ao que isto chegou. Recusavam-se naquela altura candidatos com médias de quase vinte valores para entrar em Medicina...
Quantas expectativas frustradas? Quantas perdas e quantos danos?
E ninguém se responsabiliza ou responsabiliza, quem tanta culpa teve nesse cartório...Será que a memória é curta? Ou convirá que assim seja?
É preciso não esquecer que um desses profissionais leva no minimo quatorze ou quinze anos a lá chegar...
É altura de responsabilidades, de pedir responsabilidades também aos políticos, mas o que se nota é exactamente o contrário. Arranjam-se-lhes quase sempre um final feliz e boas pousadas para sonhar...e ganhar bem a vidinha...
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Uma Europa a Várias Velocidades...
Não poderei dizer que fui ou que sou o que muitos cognominavam de eurocéptico. Mas lá que sempre tive dúvidas quanto à consecução do projecto da União Europeia? Ai, que sempre as tive!
Países cultural, económica e politicamente tão diferentes, unidos apenas pela moeda e pouco mais?
Era algo bom demais para ser verdade. E depois, os lobões e os lobitos além Atlântico sempre à espreita e a verem nisso mais uma ameaça e o ruir do seu próprio império? E o dólar todo poderoso? E a solidariedade? E depois, uns muito mais ricos, outros muito mais pobres, mais ou menos industrializados, mais ou menos rurais ou se calhar mais atrasados? Onde os colocar? Em que galáxia? Como reequilibrar ou conciliar essas diferenças?
Ora! E aí temos a resposta, uma dúzia de anos passados: cada qual mostrando quanto vale e a querer fugir para o seu lado.
Por baixo começou por ficar a débil Grécia; depois surgiram vários outros países, desde a Irlanda, à Islândia, passando por Portugal, com muitos outros na lista de espera ou na rampa de lançamento, alguns que se pressupunha que fossem poderosos...
Por cima, como não podia deixar de ser, foram ficando os bons, os " solidários", aqueles que nem por nada querem entrar no jogo e no cardápio...Amanhem-se lá como quiserem e puderem, é o que dizem. E há também os larápios, os que engordam à custa disto tudo e da miséria dos outros. E há também os que se rebolam de gozo, porque a CEE ou a UE, afinal era uma farsa. Mas há os que apertam o cinto e os que acreditaram e precisavam disto como de pão para a boca...para redenção da sua penúria...
Ora a ver vamos até onde isto chega...
Não vivemos numa alcateia de lobos bem treinados, "numa aldeia global"? Sempre prontos para o que der e vier...Pois então?!
Cada vez mais me convenço de que o homem é isto mesmo: um predador à altura do século que criou...Ou se calhar, inventou...?
Países cultural, económica e politicamente tão diferentes, unidos apenas pela moeda e pouco mais?
Era algo bom demais para ser verdade. E depois, os lobões e os lobitos além Atlântico sempre à espreita e a verem nisso mais uma ameaça e o ruir do seu próprio império? E o dólar todo poderoso? E a solidariedade? E depois, uns muito mais ricos, outros muito mais pobres, mais ou menos industrializados, mais ou menos rurais ou se calhar mais atrasados? Onde os colocar? Em que galáxia? Como reequilibrar ou conciliar essas diferenças?
Ora! E aí temos a resposta, uma dúzia de anos passados: cada qual mostrando quanto vale e a querer fugir para o seu lado.
Por baixo começou por ficar a débil Grécia; depois surgiram vários outros países, desde a Irlanda, à Islândia, passando por Portugal, com muitos outros na lista de espera ou na rampa de lançamento, alguns que se pressupunha que fossem poderosos...
Por cima, como não podia deixar de ser, foram ficando os bons, os " solidários", aqueles que nem por nada querem entrar no jogo e no cardápio...Amanhem-se lá como quiserem e puderem, é o que dizem. E há também os larápios, os que engordam à custa disto tudo e da miséria dos outros. E há também os que se rebolam de gozo, porque a CEE ou a UE, afinal era uma farsa. Mas há os que apertam o cinto e os que acreditaram e precisavam disto como de pão para a boca...para redenção da sua penúria...
Ora a ver vamos até onde isto chega...
Não vivemos numa alcateia de lobos bem treinados, "numa aldeia global"? Sempre prontos para o que der e vier...Pois então?!
Cada vez mais me convenço de que o homem é isto mesmo: um predador à altura do século que criou...Ou se calhar, inventou...?
quinta-feira, 31 de março de 2011
Crise? Palhaçada? Ou talvez não...
Hoje já nada me espanta. E não me espanta, porque as pessoas (algumas pelo menos), encarnaram pequenos monstros e insaciáveis vamprios. É ver essas agências de rating. É vê-las avaliando com o maior despudor e à vontade (digo zêlo), os países mais coxos ou mais pobretanas, apelidando-os de lixo (quer sejam instituições, e não só, com um historial credível), no panorama abstruso incompreensivel, daquilo que se convencionou chamar economia mundial.
Uma agiotagem tão asquerosa que mete nojo. Só que essa agiotagem está a condenar à fome milhões de seres, familias inteiras, crianças e velhos, gente que desejava, queria e tinha o direito de viver melhor.
Quem anda por de trás de todo esse imbróglio? Onde está a cabeça desse polvo ignaro e invisível?
Com que intenções ele vai sugando? Quem tem força para o estripar?
Em Portugal a sensação de riqueza que se gerou com a aurora de Abril, foi perversa, quase falsa, tal como várias outras utopias. Grandes proventos para uns, nada ou quase, para outros, a gosto de governantes de ocasião. Arrotar postas de pescada, tornou-se tarefa fácil para o Zé . Que passou a mudar de pó-pó mais vezes, por vezes ano-sim, ano-não. A ter mais doutores nas suas fileiras, embora alguns continuem sem saber qual a capital do reino da Dinamarca. Aí também houve ingenuidade e até alguns culpados. Salvou-se o melhor: a LIBERDADE, por vezes até esta foi confundida e posta em causa, por quem mais a desejava: o Povo, um palavrão que no meu saudoso tempo apenas servia o judaico-cristianismo que o utilizava só e com parcimónia em fins de semana ou em cerimónias menos frequentes ou mais pias.
Mas a CEE ou a UE não agradou a alguns troianos, àqueles porventura que tinham os olhos virados para dentro ou para o seu próprio umbigo. E aí está a aligeirada resposta: a crise.Uma crise que é, ou talvez não, também uma palhaçada. Não de rir; mas de chorar...
Olhem a missiva da Irlanda, um aviso ao carreirismo político caseiro que abunda. Que a revejam e que a meditem com cuidado. Mesmo aqueles que nunca aprenderam a malfadada tabuada, porque tinham à mão as minusculas máquinas de calcular e o dinheiro para as comprar...coisa que a gente não tinha, nem sonhava nem sequer com sombras, no nosso malfadado tempo.
E fala-se de gerações rascas, e de gerações à rasca ...
Olhem para a minha! Liceu? Isto era na altura, coisa rara e para fidalguia...
Agora? Agora até os vão lá buscar a casa (os meninos)...e de graça...E até lhes oferecem ensino privado e bolinhos quentes à mistura, que o digam alguns doss sensíveis papás...
Telefones e pó-pós? Viam-se mas muito poucos, só para os senhores, não vou dizer drs., porque esses eram também raros e bem poucos, e escassos em muita e muita outra coisa...
Empregos? Cunhas? Fome?
De tudo isto havia para dar e vender, ou então só para alguns... Era tudo, pelo menos, um milhão de vezes pior do que agora por aí acontece. Refiro-me material e socialmente...Só que havia um coisa importante que desapareceu da lusolandia e um pouco por todo o mundo: a palavra. E a palavra significava simplesmente honradez...Mas deixem-me lá sonhar, que é bom... Isto vai mudar, sim senhor! Para melhor... Para melhor...
E não se esqueçam de extirpar a tal cabeça ou as tais cabeças do polvo...Que se calhar são muitas...
Uma palhaçada...Mas muito e muito triste, meus amigos...
E não ponham a culpa ao pobre do Sócrates que já teve os seus dividendos e os nomes mais sonantes de todos os quadrantes, (politicos e não só), e que se aguentou firme como uma rocha ou a outro malfadado politico mais novato, fresquinho, e cagãozinho, de última hora. Porque esse terá de fazer o mesmo que o malfadado dito cujo ou bem pior: ir buscar o dinheiro para pagar as dívidas, que já somam milhões e não vêm de agora: vêm de longe; de há muitos e longos anos. Rebusquem no miolo dessas memórias emperradas e vejam, a começar pelos quadros especiais da função pública, uma reestruturação em proveito próprio ou apenas para alguns felizardos da agora tão perseguida e proclamada função pública...!
Como julgam que viveram nestes últimos anitos todos, meus heróicos convencidos?
Preparem-se para o sacrificio QUE ELE JÁ AÍ VEM, isto é se querem que isto continue! E talvez melhore...
Ou então? Ai dinheiro! Ai vida! Ai pensões!
Ai! Ai! Ai...Nem o FMI nos vai poder salvar...
E não queiram voltar para trás, tal como nos rezava a tal cantiguinha do Mourão, "Ó tempo volta para trás..."...Porque eu não quero, nem recomendo...Nem sequer ao meu maior inimigo... de estimação...
Nota: Sei que recentemente andam por aí a tentar por as mãos nesses manfios, os amiguinhos dos ratings, e tentam desesperadamente considerá-los no mínimo como delinquentes. Há muito que digo isto...Então que diabo de democracia é esta em que vivemos?
A roda para poder ir ao eixo precisa de mão firme, mas justa e já agora, porque não, democrática?...Se não, nem vale a pena viver nesta bagunça... E mais: sei também que o tal FMI está já cá a arregaçar a manga, não para fazer cócegas, mas para começar a molhada, e sei também que aqueles que não aprovaram as medidas de contenção do famigerado PEC4, vão ter de engolir o sapo... vivinho da Silva...Só que maior...muito maior...
AHHHHHHHHHHHH...Só quero é rir....Porque, tal como tu , vou ter de chorar...
Se calhar o "Ai! Ai! Ai", já nem vai ser suficiente...
E até acho que o que lá está no banquinho à ordem, que é pouco, e suadinho, pode ir à vida...engordar a súcia mentecapta que nunca nada fez... senão barulho e a sua aritmética de números invisíveis... de magia...para consumo próprio e exclusivo...
Uma agiotagem tão asquerosa que mete nojo. Só que essa agiotagem está a condenar à fome milhões de seres, familias inteiras, crianças e velhos, gente que desejava, queria e tinha o direito de viver melhor.
Quem anda por de trás de todo esse imbróglio? Onde está a cabeça desse polvo ignaro e invisível?
Com que intenções ele vai sugando? Quem tem força para o estripar?
Em Portugal a sensação de riqueza que se gerou com a aurora de Abril, foi perversa, quase falsa, tal como várias outras utopias. Grandes proventos para uns, nada ou quase, para outros, a gosto de governantes de ocasião. Arrotar postas de pescada, tornou-se tarefa fácil para o Zé . Que passou a mudar de pó-pó mais vezes, por vezes ano-sim, ano-não. A ter mais doutores nas suas fileiras, embora alguns continuem sem saber qual a capital do reino da Dinamarca. Aí também houve ingenuidade e até alguns culpados. Salvou-se o melhor: a LIBERDADE, por vezes até esta foi confundida e posta em causa, por quem mais a desejava: o Povo, um palavrão que no meu saudoso tempo apenas servia o judaico-cristianismo que o utilizava só e com parcimónia em fins de semana ou em cerimónias menos frequentes ou mais pias.
Mas a CEE ou a UE não agradou a alguns troianos, àqueles porventura que tinham os olhos virados para dentro ou para o seu próprio umbigo. E aí está a aligeirada resposta: a crise.Uma crise que é, ou talvez não, também uma palhaçada. Não de rir; mas de chorar...
Olhem a missiva da Irlanda, um aviso ao carreirismo político caseiro que abunda. Que a revejam e que a meditem com cuidado. Mesmo aqueles que nunca aprenderam a malfadada tabuada, porque tinham à mão as minusculas máquinas de calcular e o dinheiro para as comprar...coisa que a gente não tinha, nem sonhava nem sequer com sombras, no nosso malfadado tempo.
E fala-se de gerações rascas, e de gerações à rasca ...
Olhem para a minha! Liceu? Isto era na altura, coisa rara e para fidalguia...
Agora? Agora até os vão lá buscar a casa (os meninos)...e de graça...E até lhes oferecem ensino privado e bolinhos quentes à mistura, que o digam alguns doss sensíveis papás...
Telefones e pó-pós? Viam-se mas muito poucos, só para os senhores, não vou dizer drs., porque esses eram também raros e bem poucos, e escassos em muita e muita outra coisa...
Empregos? Cunhas? Fome?
De tudo isto havia para dar e vender, ou então só para alguns... Era tudo, pelo menos, um milhão de vezes pior do que agora por aí acontece. Refiro-me material e socialmente...Só que havia um coisa importante que desapareceu da lusolandia e um pouco por todo o mundo: a palavra. E a palavra significava simplesmente honradez...Mas deixem-me lá sonhar, que é bom... Isto vai mudar, sim senhor! Para melhor... Para melhor...
E não se esqueçam de extirpar a tal cabeça ou as tais cabeças do polvo...Que se calhar são muitas...
Uma palhaçada...Mas muito e muito triste, meus amigos...
E não ponham a culpa ao pobre do Sócrates que já teve os seus dividendos e os nomes mais sonantes de todos os quadrantes, (politicos e não só), e que se aguentou firme como uma rocha ou a outro malfadado politico mais novato, fresquinho, e cagãozinho, de última hora. Porque esse terá de fazer o mesmo que o malfadado dito cujo ou bem pior: ir buscar o dinheiro para pagar as dívidas, que já somam milhões e não vêm de agora: vêm de longe; de há muitos e longos anos. Rebusquem no miolo dessas memórias emperradas e vejam, a começar pelos quadros especiais da função pública, uma reestruturação em proveito próprio ou apenas para alguns felizardos da agora tão perseguida e proclamada função pública...!
Como julgam que viveram nestes últimos anitos todos, meus heróicos convencidos?
Preparem-se para o sacrificio QUE ELE JÁ AÍ VEM, isto é se querem que isto continue! E talvez melhore...
Ou então? Ai dinheiro! Ai vida! Ai pensões!
Ai! Ai! Ai...Nem o FMI nos vai poder salvar...
E não queiram voltar para trás, tal como nos rezava a tal cantiguinha do Mourão, "Ó tempo volta para trás..."...Porque eu não quero, nem recomendo...Nem sequer ao meu maior inimigo... de estimação...
Nota: Sei que recentemente andam por aí a tentar por as mãos nesses manfios, os amiguinhos dos ratings, e tentam desesperadamente considerá-los no mínimo como delinquentes. Há muito que digo isto...Então que diabo de democracia é esta em que vivemos?
A roda para poder ir ao eixo precisa de mão firme, mas justa e já agora, porque não, democrática?...Se não, nem vale a pena viver nesta bagunça... E mais: sei também que o tal FMI está já cá a arregaçar a manga, não para fazer cócegas, mas para começar a molhada, e sei também que aqueles que não aprovaram as medidas de contenção do famigerado PEC4, vão ter de engolir o sapo... vivinho da Silva...Só que maior...muito maior...
AHHHHHHHHHHHH...Só quero é rir....Porque, tal como tu , vou ter de chorar...
Se calhar o "Ai! Ai! Ai", já nem vai ser suficiente...
E até acho que o que lá está no banquinho à ordem, que é pouco, e suadinho, pode ir à vida...engordar a súcia mentecapta que nunca nada fez... senão barulho e a sua aritmética de números invisíveis... de magia...para consumo próprio e exclusivo...
terça-feira, 8 de março de 2011
SÉI QUEM ÉS
Não te conheço
Mas sei quem és.
Olho nos teus olhos,
Vejo nos teus pés,
Gastos, doridos,
Tanto sofridos,
Cansados de andar,
Por longe, por perto,
No mar do deserto,
Na pedra queimada,
Da terra enjeitada,
Contigo a chorar
Lágrimas de basalto.
Arrancas o pão
De redes ao alto,
Enchada na mão,
Quase em sobressalto,
Beijando o suor,
Com ósculos de dor
O Tempo passa,
E ficas à espera,
Que um dia qualquer,
Te tragam amor,
Te dêem a Graça.
Não te conheço,
Mas sei quem és,
Por isso peço licença
Para secar-te os olhos,
E beijar-te os pés.
H. Moura 26.2.1995
Mas sei quem és.
Olho nos teus olhos,
Vejo nos teus pés,
Gastos, doridos,
Tanto sofridos,
Cansados de andar,
Por longe, por perto,
No mar do deserto,
Na pedra queimada,
Da terra enjeitada,
Contigo a chorar
Lágrimas de basalto.
Arrancas o pão
De redes ao alto,
Enchada na mão,
Quase em sobressalto,
Beijando o suor,
Com ósculos de dor
O Tempo passa,
E ficas à espera,
Que um dia qualquer,
Te tragam amor,
Te dêem a Graça.
Não te conheço,
Mas sei quem és,
Por isso peço licença
Para secar-te os olhos,
E beijar-te os pés.
H. Moura 26.2.1995
domingo, 6 de março de 2011
Quando contemplo o mundo, sinto vontade de rir... E de chorar...
Quando contemplo o mundo e olho a vida, sinto vontade de rir... E de chorar...
Refiro-me concretamente ao mundo dos homens, em que a reflexão é coisa invisível, exótica, rara e desconhecida. E em que essa reflexão aponta para um misto de sádico e de maquiavélico, um egoísmo e uma hipocrisia, que se generalizou e tornou hábito.
Dinheiro a quanto obrigas?!
É isso? Vive-se numa sociedade hipópcrita a tempo inteiro recheada de prostituição e de masturbação intelectual. Mas nem pensem que estou a referir-me a tabus inquietantes de "abuso" ou de preversão sexual ou a outros comportamentos impostas pelos padrões morais de vida nas sociedades modernas...
Pelo contrário. Refiro-me a fórmulas igualmente requintadas, mas de viver na dependência da infelicidade e da dor... Refiro-me concretamente à dor da "Vida", porque a dor de hoje atinge a vida toda : a humana e a outra... a que a envolve.
Ajuda a melhorar isto...Com as armas que te deram ou talvez te emprestaram...
Refiro-me concretamente ao mundo dos homens, em que a reflexão é coisa invisível, exótica, rara e desconhecida. E em que essa reflexão aponta para um misto de sádico e de maquiavélico, um egoísmo e uma hipocrisia, que se generalizou e tornou hábito.
Dinheiro a quanto obrigas?!
É isso? Vive-se numa sociedade hipópcrita a tempo inteiro recheada de prostituição e de masturbação intelectual. Mas nem pensem que estou a referir-me a tabus inquietantes de "abuso" ou de preversão sexual ou a outros comportamentos impostas pelos padrões morais de vida nas sociedades modernas...
Pelo contrário. Refiro-me a fórmulas igualmente requintadas, mas de viver na dependência da infelicidade e da dor... Refiro-me concretamente à dor da "Vida", porque a dor de hoje atinge a vida toda : a humana e a outra... a que a envolve.
Ajuda a melhorar isto...Com as armas que te deram ou talvez te emprestaram...
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Crónica de mal-dizer - Língua e Escrita para todos...
O grande suporte para perpectuar a fragilidade humana, é a língua.
Isto não invalida ou mesmo impede a possibilidade de que hajam outras formas de vida capazes de comunicarem entre si, formas essas igualmente eficazes.
Eles (animais) não têm obrigação, ou se calhar o direito ou talvez a necessidade, de aprenderem as nossas...E nós nunca conseguímos penetrar nas deles...Um desafio? Ou uma incapacidade como tantas?
Isto vem a respeito do famigerado acordo ortográfico, que os nossos intelectuais (sábios ?), acabaram por engendrar...Acordar? Isto não sei ...Se calhar obrigaram-nos...É o braziliano a ganhar cada vez mais pontos...
Que eu saiba os ingleses nunca se preocuparam com os ccc nas victórias nem com os ph nas photos, pronunciando-os naturalmente, não como se escreve, mas como a tradição gramatical e oral determina, e a língua deles continua arranhando um universalismo que causa inveja...
Por mim vou continuar, (bem ou mal), como me ensinaram-, uma língua de que em tempos me orgulhei-, mais ainda do que ser um humildérrimo macho lusitano, uma estranha e bizarra mistura de latino e serraceno...
É que sempre pensei que a língua havia sido a única obra que os portugueses criaram, maior do que os próprios descobrimentos, porque esses foram para engordar países (amigos), que a seu tempo os rapinaram chamando-lhes seus...
E isto, já que estamos falando de acordos, que é o mesmo que falar de escrever como se pronuncia o léxico de Camões, certamente que nos irá dar algum geito...Mas não tanto como pensam. E que vai ser tarefa fácil, a começar aqui pelos arredores?
Nalguns casos, penso até que irá ser necessário recorrer a legendas no rodapé, tal como já tem acontecido com alguma TV mais vanguardista...
Mas em que idioma? Só em Açorianês? Ou mais curiosa e concisamente, em sãmigalês: a simpática, universal e bem conhecida língua da terra onde vi a luz do dia pela primeira vez?...Ou nalgum outro recanto menos visível da Beira Alta, Baixa ou Interior, onde os v v v são b b b, e os esses, são xiiss, uma piada sem muita graça, bem sei, mas que serve para adicionar a outra, com menos graça ainda, a da crise com que tantos vão enchendo a boca...Uma crise, meus senhores, mais de pessoas do que de coisas, obviamemnte incluindo as malfadadas económicas e financeiras...
Que me desculpem lá...Mas acho que os sábios (e já agora, porque não os políticos, pelo menos alguns), deveriam esforçar-se por aprender melhor a tabuada, ou deixar que o tempo os ajude...
Santa paciência...Ou não será: santa ignorância?!
Isto não invalida ou mesmo impede a possibilidade de que hajam outras formas de vida capazes de comunicarem entre si, formas essas igualmente eficazes.
Eles (animais) não têm obrigação, ou se calhar o direito ou talvez a necessidade, de aprenderem as nossas...E nós nunca conseguímos penetrar nas deles...Um desafio? Ou uma incapacidade como tantas?
Isto vem a respeito do famigerado acordo ortográfico, que os nossos intelectuais (sábios ?), acabaram por engendrar...Acordar? Isto não sei ...Se calhar obrigaram-nos...É o braziliano a ganhar cada vez mais pontos...
Que eu saiba os ingleses nunca se preocuparam com os ccc nas victórias nem com os ph nas photos, pronunciando-os naturalmente, não como se escreve, mas como a tradição gramatical e oral determina, e a língua deles continua arranhando um universalismo que causa inveja...
Por mim vou continuar, (bem ou mal), como me ensinaram-, uma língua de que em tempos me orgulhei-, mais ainda do que ser um humildérrimo macho lusitano, uma estranha e bizarra mistura de latino e serraceno...
É que sempre pensei que a língua havia sido a única obra que os portugueses criaram, maior do que os próprios descobrimentos, porque esses foram para engordar países (amigos), que a seu tempo os rapinaram chamando-lhes seus...
E isto, já que estamos falando de acordos, que é o mesmo que falar de escrever como se pronuncia o léxico de Camões, certamente que nos irá dar algum geito...Mas não tanto como pensam. E que vai ser tarefa fácil, a começar aqui pelos arredores?
Nalguns casos, penso até que irá ser necessário recorrer a legendas no rodapé, tal como já tem acontecido com alguma TV mais vanguardista...
Mas em que idioma? Só em Açorianês? Ou mais curiosa e concisamente, em sãmigalês: a simpática, universal e bem conhecida língua da terra onde vi a luz do dia pela primeira vez?...Ou nalgum outro recanto menos visível da Beira Alta, Baixa ou Interior, onde os v v v são b b b, e os esses, são xiiss, uma piada sem muita graça, bem sei, mas que serve para adicionar a outra, com menos graça ainda, a da crise com que tantos vão enchendo a boca...Uma crise, meus senhores, mais de pessoas do que de coisas, obviamemnte incluindo as malfadadas económicas e financeiras...
Que me desculpem lá...Mas acho que os sábios (e já agora, porque não os políticos, pelo menos alguns), deveriam esforçar-se por aprender melhor a tabuada, ou deixar que o tempo os ajude...
Santa paciência...Ou não será: santa ignorância?!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Sem Comentários...
Aos vinte eu era assim....Quarenta e tal anos mais tarde, apareço ( e com muito orgulho), entre as minhas amigas... palomas...
Que significa tudo isto? Ou esta mudança?
Significa apenas que o homem não é mais do que uma ínfima parcela, de uma ínfima partícula, dessa Grande Obra e dessa sublime magia que é a Natureza...
E a Vida...
Que significa tudo isto? Ou esta mudança?
Significa apenas que o homem não é mais do que uma ínfima parcela, de uma ínfima partícula, dessa Grande Obra e dessa sublime magia que é a Natureza...
E a Vida...
O Tempo não se esquece...Nem se engana...Esgota-se
Em "Sinais de Infinito", livro a publicar, fala-se dessa imensa, incomensurável, incontida e incontornável dimensão cósmica, que é o Tempo.
Será que algum dia irá ser possível anulá-lo e permitir que se ultrapasse os cem, cento e vinte, ou mesmo cento cinquenta anos, se entretanto, ele homem, não se auto-destruir?
Que implicações daí advirão?
A Bíblia fala-nos de existências de mais de novecentos anos.
Mito? Ou realidade?
O Santo Graal, artefacto sagrado, ambicionado e procurado há mais de dois mil, nunca encontrado, algo como um cálice sagrado feito de pedras preciosas, de ouro ou de jaspe, que se acreditava salvar dos males toda a Humanidade; cantado e exaltado nas brumas da Idade Média...
As memórias de Percival ou de um Rei Arthur, que povoaram a nossa adolescência, serão também mito? Ou pelo contrário, uma realidade?
E se esse mito for essa realidade e estiver bem perto de nós, numa praiasita, também mítica, um espécie de santuário escondido e interdito na costa de uma destas nossas ilhas?
Quantos mitos se foram construindo e quantos se foram destruindo ao longo da história da Vida?
E quantas realidades se foram esquecendo, numa história que é preciso ou está na hora de ser reconstituída ou reinventada?
Mitos e realidades do nosso tempo, baralhados até à exaustão, eis o que nos propõe este livro...desfazendo uns, para recriar outros...
...Isto sem querer esquecer nunca ou perder de vista, a inexorável condição humana e a luta, desse grande bípede, provocador e predador da Terra e do Universo, que tem o nome vago e inquietante de hommo sapiens...
Será que algum dia irá ser possível anulá-lo e permitir que se ultrapasse os cem, cento e vinte, ou mesmo cento cinquenta anos, se entretanto, ele homem, não se auto-destruir?
Que implicações daí advirão?
A Bíblia fala-nos de existências de mais de novecentos anos.
Mito? Ou realidade?
O Santo Graal, artefacto sagrado, ambicionado e procurado há mais de dois mil, nunca encontrado, algo como um cálice sagrado feito de pedras preciosas, de ouro ou de jaspe, que se acreditava salvar dos males toda a Humanidade; cantado e exaltado nas brumas da Idade Média...
As memórias de Percival ou de um Rei Arthur, que povoaram a nossa adolescência, serão também mito? Ou pelo contrário, uma realidade?
E se esse mito for essa realidade e estiver bem perto de nós, numa praiasita, também mítica, um espécie de santuário escondido e interdito na costa de uma destas nossas ilhas?
Quantos mitos se foram construindo e quantos se foram destruindo ao longo da história da Vida?
E quantas realidades se foram esquecendo, numa história que é preciso ou está na hora de ser reconstituída ou reinventada?
Mitos e realidades do nosso tempo, baralhados até à exaustão, eis o que nos propõe este livro...desfazendo uns, para recriar outros...
...Isto sem querer esquecer nunca ou perder de vista, a inexorável condição humana e a luta, desse grande bípede, provocador e predador da Terra e do Universo, que tem o nome vago e inquietante de hommo sapiens...
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Ao Sócrates - Inspirador e amigo - Com um eterno abraço
(...) Mas o gatinho, que andara bem perto da tumba, crescera e enrijecera a olhos vistos. Tornara-se num "gatão": num enorme "taby" a rondar os oito quilos nos melhores períodos de descanso e descio, sem nunca deixar mesmo assim, que alguém lhe roubasse da memória, a sua fatídica e velha origem - a rua.
Livro "Sismo na Madrugada".
Livro "Sismo na Madrugada".
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Inverno
Gemem os arvoredos
E as pedras também.
É o Inverno das fomes e dos medos,
Das ânseas e das dôres,
É o Inverno nos Açores
O vendaval além vai gritando,
Fustigando,
Os corpos cerados.
E da alma das gentes
Vão surgindo preces
De lábios que se movem,
E vão rezando
A bruma vai cobrindo,
E o dia indo.
De oeste a ventania não se cansa,
Fazendo da "morte" a sua herança.
E o Pico lá longe
Vai-se escondendo,
Na maresia alva de sal,
Que se aleiva na calva do Canal.
Pelos fios sopra o vento, arrulhando
E quem passa na rua,
Vai-se curvando
E é no remanso do pequeno lar
Que fico pensando,
No frio que no mundo vai grassando,
E no pão que falta a tanta gente;
E nos Invernos que tantos vão calando,
E nos peitos que se vão dilacerando.
É que para uns a vida é mesmo Inverno,
Com ventos, chuvas e frios de rachar
Enquanto que para outros pode ser cómodo Estio
Ou mesmo Primavera de embalar...
Humberto Moura
Jan. de 1996
E as pedras também.
É o Inverno das fomes e dos medos,
Das ânseas e das dôres,
É o Inverno nos Açores
O vendaval além vai gritando,
Fustigando,
Os corpos cerados.
E da alma das gentes
Vão surgindo preces
De lábios que se movem,
E vão rezando
A bruma vai cobrindo,
E o dia indo.
De oeste a ventania não se cansa,
Fazendo da "morte" a sua herança.
E o Pico lá longe
Vai-se escondendo,
Na maresia alva de sal,
Que se aleiva na calva do Canal.
Pelos fios sopra o vento, arrulhando
E quem passa na rua,
Vai-se curvando
E é no remanso do pequeno lar
Que fico pensando,
No frio que no mundo vai grassando,
E no pão que falta a tanta gente;
E nos Invernos que tantos vão calando,
E nos peitos que se vão dilacerando.
É que para uns a vida é mesmo Inverno,
Com ventos, chuvas e frios de rachar
Enquanto que para outros pode ser cómodo Estio
Ou mesmo Primavera de embalar...
Humberto Moura
Jan. de 1996
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Mais umas breves linhas do livro "Sinais de Infinito" do 23º Cap. - Um Bar no Centro do Mundo de Humberto Moura
(...) Mas a Ilha, e a cidade em particular, era ainda um paraíso para se viver.
Que o dissessem os estranjas que no Verão a enxameavam.
A vida era barata. O sossego muito. A marina, embora socorrendo-se de uma escrita de mercearia, batia recordes de entradas e de saídas de ano para ano. Não era apenas a mais movimentada dos Açores, mas estranha e surpreendentemente, uma das mais movimentadas da Europa.
No Verão a cidade transfigurava-se na (1)maior pequena cidade do mundo.
De "skipers" barbados viajando em solitário em pequenas embarcações à volta do mundo, a tripulações fardadas a rigor em super veleiros, por vezes trazendo os seus próprios proprietários, (quase sempre magnates ou super milionários da informática ao petróleo em busca de rendez-vous e sonho fácil em outras paragens como Mediterrâneo e Antilhas), vindos das Caraíbas ou em retorno, rumo às Américas, refastelavam-se pelas ruas basaltinas da urbe, nos seus restaurantes ou nas três praias que lhe guarneciam a ilharga, exibindo o seu ar despreocupado e dengoso, a fazer dela um centro cosmopolita, (aliás o que sempre fora), e um caldeirão imenso de raças e cores, todo ele convergindo na direcção de um pequeno bar de baía dos mais conhecidos e laureados do globo: o Bar com a chancela do cachalote - o Peter, Café Sport.
Tornara-se mesmo referência e passagem obrigarória, quer a cidade, quer por extensão o café, para quem usasse a rota do Atlântico Norte.
Assim a cidade renascia uma vez mais da missão histórica que lhe fora confiada: apoiar a navegação nas viagens de médio e longo curso à volta do mundo.
Assim fora desde sempre. Desde os primeiros descobrimentos henriquinos, nos promórdios do século XV perdurando no presente, o raiar do século XXI, a apenas uns meses de distância...
(...) Só o Faial vale tudo (e valia)...
E isto era o rosto da civilização!
Era a mais alegre, a maior pequena cidade do mundo.
Era a riqueza de Londres e de Nova York!
Era o requinte de Paris, o luxo de S. Petersburgo!
Todos mercavam, vendiam. Embarcavam...
(1)In "Sinais do Tempo" de Pedro da Silveira.
Que o dissessem os estranjas que no Verão a enxameavam.
A vida era barata. O sossego muito. A marina, embora socorrendo-se de uma escrita de mercearia, batia recordes de entradas e de saídas de ano para ano. Não era apenas a mais movimentada dos Açores, mas estranha e surpreendentemente, uma das mais movimentadas da Europa.
No Verão a cidade transfigurava-se na (1)maior pequena cidade do mundo.
De "skipers" barbados viajando em solitário em pequenas embarcações à volta do mundo, a tripulações fardadas a rigor em super veleiros, por vezes trazendo os seus próprios proprietários, (quase sempre magnates ou super milionários da informática ao petróleo em busca de rendez-vous e sonho fácil em outras paragens como Mediterrâneo e Antilhas), vindos das Caraíbas ou em retorno, rumo às Américas, refastelavam-se pelas ruas basaltinas da urbe, nos seus restaurantes ou nas três praias que lhe guarneciam a ilharga, exibindo o seu ar despreocupado e dengoso, a fazer dela um centro cosmopolita, (aliás o que sempre fora), e um caldeirão imenso de raças e cores, todo ele convergindo na direcção de um pequeno bar de baía dos mais conhecidos e laureados do globo: o Bar com a chancela do cachalote - o Peter, Café Sport.
Tornara-se mesmo referência e passagem obrigarória, quer a cidade, quer por extensão o café, para quem usasse a rota do Atlântico Norte.
Assim a cidade renascia uma vez mais da missão histórica que lhe fora confiada: apoiar a navegação nas viagens de médio e longo curso à volta do mundo.
Assim fora desde sempre. Desde os primeiros descobrimentos henriquinos, nos promórdios do século XV perdurando no presente, o raiar do século XXI, a apenas uns meses de distância...
E isto era o rosto da civilização!
Era a mais alegre, a maior pequena cidade do mundo.
Era a riqueza de Londres e de Nova York!
Era o requinte de Paris, o luxo de S. Petersburgo!
Todos mercavam, vendiam. Embarcavam...
(1)In "Sinais do Tempo" de Pedro da Silveira.
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